CRIANÇAS FELIZES DEMAIS

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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz como um Arco ìris


1. Que em 2011 brindemos à vida sem ficar de porre, mas apenas levemente felizes.
2. Que em 2011 a saudade venha e venha forte. Só sente saudade quem viveu intensamente.
3. Que 2011 seja um ano de tolerância.
4. Que em 2011 aquele velho amigo que se pôs distante ponha-se achegado
5. Que 2011 seja o ano da coragem.
6. Que 2011 seja o ano da virada. Seja lá qual for essa virada. Desde que seja para melhor.
7. Que em 2011 aquele velho projeto secreto tenha sua vez. Ele sempre esperou quietinho por ela. Chegou a hora!
8. Que em 2011 as velhas mágoas se aposentem e vão curtir a vida em qualquer outro lugar.
9. Que em 2011, quem se perdeu se ache. Quem se achar se curta. Quem se curtir, que sonhe. Que use como barômetro as pequeninas coisas do dia-a-dia, beije na boca e despertem do sono a Pollyana bela e adormecida que existe em cada um de nós. Cada um escolhe o melhor conto de fadas para sua vida. Acredite!
10.Que em 2011 as pessoas amem mais e sofram menos por causa de outras. Que entendam que há um caminho para felicidade, mesmo que o que as leve para lá não seja aquele trajeto tão cuidadosamente planejado.
11. Que em 2011 novas pessoas especiais surjam em nossas vidas.

Feliz. 2011!
Desejos e Votos de Mary Cely

domingo, 26 de dezembro de 2010

Depressão Materna e Repercussões nos Filhos



A depressão materna é um fator de risco para o desenvolvimento infantil, com prejuízos na idade escolar e tardiamente na vida adulta. Como os transtornos mentais são mais frequentes no sexo feminino, esse grupo necessita de avaliações regulares para a detecção de sintomas psiquiátricos. A depressão atinge em torno de 10 a 20 % das mulheres pelo menos uma vez na vida e em 1/3 delas os sintomas persistem por toda a vida.
Diversas pesquisas apontam que a depressão materna é um fator de risco para prejuízos no desenvolvimento psicológico dos filhos, com dificuldades cognitivas, comportamentais e emocionais resultantes.
Os principais achados na avaliação de inúmeros trabalhos científicos demonstra que mães com depressão apresentaram níveis mais elevados de estresse em comparação com mães não depressivas. Esse estresse impactou negativamente no desenvolvimento infantil, com potencialização do risco de psicopatolgia dessas crianças na vida adulta.
Filhas que tiveram que conviver com sintomas depressivos de suas mães, em comparação com filhas que não tiveram que conviver, apresentaram taxas mais altas de indicadores depressivos, reconhecimento predominante de estímulos negativos do ambiente e carência de bases positivas na autoestima. As meninas parecem mais suscetíveis aos danos causados pela depressão materna, enquanto que os meninos parecem mais vulneráveis a fatores ambientais e aspectos cognitivos.
A maioria dessas mães não recebe o tratamento psiquiátrico adequado, piorando ainda mais as repercussões na saúde mental dos filhos a longo prazo. Há ainda os fatores genéticos associados `a transmissão transgeracional da doença.



http://neuronios-saudemental.blogspot.com/

Ps. o que me levou a postar esta reportagem é que esta semana conversando com uma Srª ela me confidenciou que está fazendo tratamento de depressão e o que levou-a adquirir a tal doença foi quando soube que seu filho tinha TDAH.
Relato pessoal.
Pois bem é preciso ficar alerta para os pais .
Caso real.(Mary Cely)

sábado, 25 de dezembro de 2010

Mensagem de Ano Novo!


RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade
Imagem do google

Ps.Que A felicidade seja um sentimento constantes em sua vida.São os voto da blogueira Mary Cely.
Se Deus assim o permitir em 2011 estaremos aqui de novo.
Paz e saude em sua vida!

E QUANDO O TDAH NÃO VEM SOZINHO?



O TDAH se caracteriza por sinas bastantes claros e repetitivos associados à desatenção, impulsividade e hiperatividade, porém, muito mais comum do que se imagina, são as comorbidades (outros distúrbios) que podem vir associados ao TDAH e que, por consequencia, dificultam seu prognóstico e também o tratamento, uma vez que, na maioria dos casos há a incidência de mais de uma comorbidade requerendo constante adptação ao tratamento.

PRINCIPAIS COMORBIDADES ASSOCIADAS AO TDAH

TDAH associada ao Transtorno Opositor-Desafiador (TOD)- acomete de 35% a 65% dos jovens, sendo mais comum nos meninos e tem como características: o desafio as ordens, enfrentamento dos pais e/ou responsáveis; vingança, sente prazer em irritar os outros.

TDAH e Transtorno de Conduta (TC)- ocorre entre 20% a 50% dos casos afetando principalmente os meninos e dizem respeito à envolvimento com armas, quebra as regras sociais, tedem a forçar relações sexuais, agressividaes até mesmo com animais.

TDAH e o Transtorno de Ansiedade (TA)- caracteriza-se pela irritabilidade excessiva, preocupação excessiva, pertubação do sono, os nervos parecem sempre à flor da pele e a tendência são questionamentos consecultivos do tipo: O que eu esqueci agora? Será que vai dar tempo?

TDAH associado ao TOC-Transtorno Obssesivo-Compulsivo- O indivíduo preocupa-se demasiadamente com limpeza e contaminação (lava as mãos várias vezes, toma vários banhos seguidos, lava a louça que vai usar mesmo que tenha sidov acabada de ser limpa); é extremamente perfeccionista; pode adquirir a mania de guardar tudo, ou seja, armazenar muitas coisas mesmo que ão sejam necessárias, pode tornar-se compulsivo por sexo, por comida, etc.

Não é incomum o portador de TDAH desenvolver traços obsessivos para lidar melhor com suas distrações, esquecimentos, impulsividades, desorganização, tornando-se meticuloso e muito crítico. Quando há pequenos traços obsessivos de perfeccionismo, estes acabam ajudando o indivíduo a ter maior disciplina, a lidar melhor com suas distrações, esquecimentos e desorganizações, embora aumente sua ansiedade e a cobrança que faz dos outros.

TDAH e Depressão- é comum a pessoa com TDAH torna-se depressiva em função de ter problemas para adptar-se a muitas situações consideradas simples para muitas pessoas.

TDAH e Tanstorno Bipolar- muitas vezes o TDAH é confundido com o transtorno bipolar ou maníaco-depressivo pelo fato de ambos causarem alterações de humor, porém o que os difere é o fato do transtorno bipolar ter momentos de excitação profunda (fase maníaca em que o indivíduo pode ficar dias sem dormir, ter mil ideias por minuto) ou depressão profunda, ou seja, no transtorno bipolar isto é muito mais intenso.

O indivíduo com TDAH pode ser cheio de energia, irriquieto, mas nada comparado ao maníaco. A depressão associada ao TDAH também não é tão profunda como no caso do Bipolar. Quando a comorbidade do Bipolar se soma ao TDAH, os sintomas maníaco depressivos tendem a se intensificar.

TDAH com Fobia Social- Não é difícil que o indivíduo com TDAH sinta-se inadequado, com medo de cometer vexame, de ser observado e criticado, então há uma tendência a desenvolver a fobia social, ou seja, um medo imenso de interações sociais, principalmente quando tem que expor-se como por exemplo, falar em público. Esse transtorno pode levá-lo a desperdiçar todo seu potencial ao esconder-se "do mundo".

Podem acontecer também fobias específicas por situações e/ou objetos: medo de elevadores, de aviões, tempestades, ferimentos, sangue, certos animais...

TDAH com Distúrbios da Aprendizagem- em alguns casos e em distintas intensidades o TDAH vem associado a dislexia, disgrafia, dislalia, discalculia, etc, o que tende a priorar o quadro do TDAH, pois a tendência será o indivíduo apresentar os chamados “brancos” com mais frequencia, principalmente porque o processamento auditivo do TDAH prejudica a compreensão do que lhe é dito, dificultando o aprendizado, a vida acadêmica e social. Dificuldade na escrita pela falta de coordenação motora e impulsividade (geralmente a letra de quem tem TDAH não é lá essas coisas!), podendo também ocorrer omissões ou substituições de palavras, falta de acentuação e pontuação adequadas. A atenção e a memória (precárias em quem tem TDAH), são fundamentais para que se adquira habilidades de compreensão e de formulação da linguagem adequada.

TDAH com Transtorno Alimentar- o TDAH pode levar a pessoa a ter transtornos alimentares, seja comendo compulsivamente como forma de controlar a inquietaçao, seja com perda significativa de apetite.
TDAH com Transtorno de Sono- normalmente a pessoa com TDAH, mesmo não tendo hiperatividade, possui grande dificuldade em relaxar e dormir e quando finalmente adormece, raramente consegue fazê-lo de maneira profunda. É comum o acordar cansado, como se quase não tivesse dormido. Alguns dormem em excesso, em função de desânimo, desmotivação e/ou depressão, o que não significa descansar bem, o que consequentemente, traz prejuizos escolar, profissional, pessoal.
Por Lívia Vasconcelos

Referências

Projeto prevê tratamento de dislexia e TDAH para estudantes



Proposta também prevê oferta de cursos específicos para professores sobre o diagnóstico e o tratamento dessas disfunções.






Tramita na Câmara o Projeto de Lei 7081/10, do senador Gerson Camata (PMDB-ES), que obriga o poder público a manter programa de diagnóstico e tratamento de dislexia e de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) para estudantes do ensino básico.
Conforme o projeto, as escolas devem assegurar às crianças com esses distúrbios o acesso aos recursos didáticos adequados ao desenvolvimento da aprendizagem. A proposta prevê também que os sistemas de ensino deverão oferecer aos professores cursos específicos sobre o diagnóstico e o tratamento dessas disfunções.
O diagnóstico e o tratamento devem ocorrer por meio de equipe multidisciplinar, da qual participarão, entre outros, educadores, psicólogos, psicopedagogos, médicos e fonoaudiólogos.
Camata afirma que a criança com dislexia, devido às suas dificuldades de acompanhar o processo de aprendizagem dos demais alunos, tende a sentir-se frustrada e, pelo menos uma parte delas, pode desenvolver problemas emocionais e comportamentos antissociais, como excessiva agressividade ou retraimento. Daí a importância do diagnóstico ("muitas vezes difícil e demorado") e do tratamento.
Tramitação
O projeto, que tramita em regime de prioridadeDispensa das exigências regimentais para que determinada proposição seja incluída na Ordem do Dia da sessão seguinte, logo após as que tramitam em regime de urgência e em caráter conclusivoRito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário., será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem: Luiz Claudio Pinheiro
Edição: Murilo Souza/28/04/2010 1

Fonte:http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/147140-PROJETO-PREVE-TRATAMENTO-DE-DISLEXIA-E-TDAH-PARA-ESTUDANTES.html

domingo, 19 de dezembro de 2010

Onde encontrar atendimento para tratar o TDAH






Alguns pais
têm pedido algumas informações sobre atendimento gratuito e também como podem conseguir remédios gratuitos.

Quero deixar claro que este blog não orienta sobre medicação e nem é habilitado a dar qualquer prescrição médica para portadores de TDAH, o que fazemos é colocar artigos que falem sobre o TDAH e os seus tratamentos - Nunca medique sem prescrição médica, procure sempre a orientação de um profissional da área.

Indicamos a ABDA
A ABDA tem centros especializados no atendimento a portadores de TDAHI, realizando também pesquisas e treinamento

Quero colocar os endereços onde os pais podem procurar atendimento :

São Paulo

• PRODATH - Projeto de Déficit de Atenção e Hiperatividade (adultos)Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, 785 - ambulatório térreo - HC - USPCerqueira César - SP

CEP: 05403-010

MARCAÇÃO DE CONSULTAS – (11) 3069-6971

Horário de atendimento: 09:00 às 16:00h

Coordenador: Dr. Mário Louzã Neto


• ADHDA - Ambulatório para Distúrbios Hiperativos e Déficit de Atenção (crianças e adolescentes)Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência - HC - USP

Av. Dr. Ovídio Pires de Campo, s/n - CEP 05403-010

Telefone : (11) 3069-6509 ou 3069-6508

Coordenador: Dr. Ênio Roberto de Andrade



Rio de Janeiro

• PAM – MATOSO (crianças e adolescentes)
Rua do Matoso, 96 - Pça da BandeiraRio de Janeiro - RJ
Tel: (21) 2273.0899 (maiores informações com a As. Social Luciana, 5ª de manhã)

Coordenadora: Dra. Katia Beatriz Correa e Silva


• CIPIA

Rua Sebastião Lacerda 70 - Laranjeiras Rio de Janeiro,

Tel: (21) 2285-6351

Coordenadora: Dra. Maria Antonia Serra Pinheiro


• GEDA - Grupo de Estudos de Déficit de Atenção

Instituto de Psiquiatria - Universidade Federal do Rio de Janeiro
O GEDA é um centro de pesquisa, não é um ambulatório de atendimento regular a pacientes com TDAH.

Assim, como em outras áreas da Medicina, são utilizados protocolos de pesquisa previamente aprovados pelo Comitê de Ética que determinam quais pacientes podem ser incluídos nas pesquisas.

Av. Venceslau Brás 71 – Campus da UFRJ (Ao lado do hospital Pinel)Ambulatório do IPUB - CIPE NOVO – sala 5 Rio de Janeiro - RJCEP 22.290-140Tels: (21) 2543-6970Coordenador GEDA: Professor Paulo Mattos


• Santa Casa de Misericórdia (Crianças-adolescentes)

Rua Santa Luzia 206 - CentroRio de Janeiro - RJ

Tel: 21 2221 4896

Coordenador Santa Casa: Dr. Fábio Barbirato



Paraíba

• Serviço de Psiquiatria Infantil (crianças e adolescentes)

Hospital Universitário de João Pessoa, 6º andar

Telefone: (83) 216-7201

Coordenador: Dr. Genário Barbosa




Porto Alegre

PRODAH - Programa de Déficit de Atenção/HiperatividadeServiço de Psiquiatria da Infância e da Adolescência Hospital de Clínicas de Porto Alegre - UFRGS

Rua Ramiro Barcelos 2350

Porto Alegre - RS

CEP 90035-003www.ufrgs.br/prodah

Tel: 51-2101-8094

Coordenador: Dr. Luiz Rohde


Ribeirão Preto

GEAPHI-Grupo de Estudos Avançados e Pesquisa em Hipercinesia (crianças e adolescentes até 13 anos)Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Serviço de Psiquiatria da Infância - campus - Balcão 4 (rosa)

Coordenador: Dr. José Hércules Golfetto


http://criancahiperativa.blogspot.com/search/label/Tratamento%20para%20TDAH

O que é o Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (TDAH)



Antes de sugerir que um aluno tem hiperatividade, veja se é sua aula que não anda prendendo a atenção. Cinco pontos essenciais sobre esse transtorno

À primeira vista, a estatística soa alarmante: de 3 a 6% das crianças em idade escolar sofrem com o Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (o nome oficial do TDAH), que muita gente conhece somente como hiperatividade. Quer dizer então que, numa classe de 30 alunos, sempre haverá um ou dois que precisam de remédio?

Não. Na maioria das vezes, o acompanhamento psicológico é suficiente. E, se o problema for bagunça ou desatenção, vale analisar se a causa não está na forma como você organiza a aula.


"Geralmente, a inquietação costuma estar mais relacionada com a dinâmica da escola do que com o transtorno", diz Ma­u­ro Muszkat, especialista em Neuropsicologia Infantil da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Quando o caso é mesmo de TDAH, são três os sintomas principais: agitação, dificuldade de atenção e impulsividade - que devem estar presentes em pelo menos dois ambientes que a crian­ça frequenta.

Por tudo isso, nun­­ca é demais lembrar que o diagnóstico precisa de respaldo médico. Veja cinco pontos essenciais sobre o transtorno.

1. Agitação não é hiperatividade

Há dias em que alguns alunos parecem estar a mil por hora e nada prende a atenção deles. Isso não significa que sejam hiperativos.
~
O problema pode ter raízes na própria aula - atividades que exijam concentração muito superior à da faixa etária, propostas abaixo (ou muito acima) do nível cognitivo da turma e ambientes desorganizados e que favoreçam a dispersão, por exemplo. Em outras ocasiões, as causas são emocionais.

"Questões como a morte de um familiar e a separação dos pais podem prejudicar a produção escolar", diz José Salomão Schwartzman, neurologista especialista em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.
Nesses casos, os sintomas geralmente são transitórios. Quando ocorre o TDAH, eles se mantêm e são tão exacerbados que prejudicam a relação com os colegas. Muitas vezes, o aluno fica isolado e, mesmo hiperativo, não conversa.

2. Só o médico dá o diagnóstico

Um levantamento realizado recentemente pela Unifesp aponta que 36% dos encaminhamentos por TDAH recebidos no setor de atendimento neuropsicológico infantil da instituição são originados da escola por meio de cartas solicitando aos pais que procurem tratamento para o filho.

"Em muitos casos, o transtorno não se confirma", afirma Muszkat.

A investigação para o diagnóstico costuma ser bem detalhada.

Hábitos, traços pessoais e histórico médico são esquadrinhados para excluir a possibilidade de outros problemas e verificar se os aspectos que marcam o transtorno estão mesmo presentes.

Como ocorre com a maioria dos problemas psicológicos (depressão, ansiedade e síndrome do pânico, por exemplo), não há exames físicos que o problema. Por isso, o TDAH é definido por uma lista de sintomas.
Ao todo são 21 - nove referentes à desatenção, outros nove à hiperatividade e mais outros três à impulsividade.

3. Nem todos precisam de remédio

Entre os anos de 2004 e 2008, a venda de medicamentos indicados para o tratamento cresceu 80%, chegando a cerca de 1,2 milhão de receitas, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Diversos especialistas criticam essa elevação, apontando-a como um dos sinais da chamada "medicalização da Educação" - a ideia de tratar com remédios todo tipo de problema de sala de aula.

"Muitas vezes, o transtorno não é tão prejudicial e iniciativas como alterações na rotina da própria escola, para acolher melhor o comportamento do aluno, podem trazer resultados satisfatórios", explica Schwartz­wman.

Quando a medicação é necessária, os estimulantes à base de metilfenidato são os mais prescritos pelos médicos. Ao elevar o nível de alerta do sistema nervoso central, ele auxilia na concentração e no controle da impulsividade.

O medicamento não cura, mas ajuda a controlar os sintomas - o que se espera é que, juntamente com o acompanhamento psicológico, as dificuldades se reduzam e deixem de atrapalhar a qualidade de vida.

Vale lembrar que o remédio é vendido somente com receita e, como outros medicamentos, pode causar efeitos colaterais. Cabe ao médico avaliá-los.

4. O diálogo com a família é essencial


Em alguns casos, os professores conseguem participar das reuniões com os pais e o médico.

Quando isso não é possível, conversas com a família e relatórios periódicos enviados para o profissional da saúde são indicados para facilitar a comunicação. É importante lembrar ainda que não é por causa do transtorno que professores e pais devem pegar leve com a criança e deixar de estabelecer limites - a maioria das dificuldades gira em torno da competência cognitiva, da falta de organização e da apreensão de informações, e não da relação com a obediência.

Durante os momentos de maior tensão, quando o estudante está hiperativo, manter o tom de voz num nível normal e tentar estabelecer um diálogo é a melhor alternativa.


"Se o adulto grita com a criança, ambos acabam se exaltando rápido e, em vez de compreender as regras, ela pode pensar que está sendo rejeitada ou mal compreendida", diz Muszkat.






5. O professor pode ajudar (e muito)



Adaptar algumas tarefas ajuda a amenizar os efeitos mais prejudiciais do transtorno.
Evitar salas com muitos estímulos é a primeira providência.

Deixar alunos com TDAH próximos a janelas pode prejudicá-los, uma vez que o movimento da rua ou do pátio é um fator de distração.


Outra dica é o trabalho em pequenos grupos, que favorece a concentração.

Já a energia típica dessa condição pode ser canalizada para funções práticas na sala, como distribuir e organizar o material das atividades.


Também é importante reconhecer os momentos de exaustão considerando a duração das tarefas.

Propor intervalos em leituras longas ou sugerir uma pausa para tomar água após uma sequência de exercícios, por exemplo, é um caminho para o aluno retomar o trabalho quando estiver mais focado.

De resto, vale sempre avaliar se as atividades propostas são desafiadoras e se a rotina não está repetitiva.

Esta, aliás, é uma reflexão importante para motivar não apenas os estudantes com TDAH, mas toda a turma.
fonte do texto e Imagem
http://criancahiperativa.blogspot.com/search/label/Escolas%20para%20TDAH

Fonte: Revista Nova Escola

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

TDAH ou TAB.


TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) ou TAB (Transtorno Afetivo Bipolar)
Às vezes fica tudo tão parecido...
Eu vou tentar reproduzir um trecho de uma de nossas consultas: A minha mãe morreu de doença bipolar. Eu sempre fui conhecido como polvolino ou polvilho, sabe por quê? Por causa daquele biscoito..., sabe aquele biscoito Globo, que a gente come na praia, que neguinho vende nas ruas quando o trânsito está parado ou engarrafado? Ele esfarela todo! E eu era assim, por onde eu passava, eu deixava um monte de marcas, um monte de farelos, por onde eu ia, todo mundo sabia... eu era estabanado desde pequeno, tinha um troço dentro de mim que não parava quieto, eu andava pela casa e toda hora eu derrubava uns bibelôs da mamãe e ela ficava transtornada! Não parecia a minha doce e triste mãe, que vivia jogada naquela maldita cama pelo menos uns 300 dias do ano... ainda bem que eu era rápido, quando eu derrubava os enfeites da mamãe eu saía correndo, ia pra casa da vizinha, tia Lany, e me escondia no banheiro da empregada!

Do banheiro da tia Lany eu ouvia os grunhidos da mamãe, os berros dela, e logo depois os barulhos das coisas que ela mesma quebrava dentro de casa, por causa da raiva que entrava dentro dela... os anos foram passando e chegou o dia que meu pai largou a casa.

Pegou uma sacola e uma mala e botou tudo o que ele conseguiu. Beijou a minha testa, mandou eu tomar conta da minha mãe e me pediu desculpas, disse que não dá mais pra aturar a doida da sua mãe, ela está insana, palavras dele. Sequei as lágrimas que escorriam pelo meu rosto, estavam quentes, de tanta raiva que eu senti dele.

Corri pra procurar o Aurélio, queria ver direito o que era insana. Fiquei com ódio do meu pai.

Naquele dia eu quebrei tudo dentro de casa, gritei e xinguei até cair no chão, sem forças. Acordei apavorado com sangue no meu braço, da maldita jarra que eu joguei contra a parede e que me cortou.

Minha cabeça parecia um avião. Um avião em pane, claro. Custei a ficar normal. Quando vi o estrago que eu tinha feito em casa, fiquei sem força nas pernas, minha vista escureceu e eu achei que ia desmaiar. Fui me arrastando pelo chão até a porta da sala. Eu tinha que fugir.

Quando a minha mãe visse tudo aquilo ela ia acabar comigo. Quando ela soubesse que meu pai não voltaria mais, ela poderia me matar com aquele cinto desgraçado. Ela ia me matar. Naquele dia eu não fui pra tia Lany. Tinha que ir pra mais longe. Passei aquela noite sentado no banco da rodoviária, até o dia amanhecer. Da rodoviária até a minha casa andando a pé levava uma hora mais ou menos, mas eu estava tão agitado, tão apressado, que levei uns vinte minutos até chegar em casa.

Deu um bloqueio em mim quando eu cheguei na esquina de casa. Fiquei uns trinta minutos parado olhando para o meu prédio. Parecia tudo calmo. Calmo?

Ah, essa palavra nunca existiu no meu vocabulário... pra encurtar o meu sofrimento, a minha raiva, o meu medo e a minha culpa, eu acabei sabendo que a minha mãe tinha tentado se matar e que tinha sido levada para um hospital.

Nos seis meses seguintes eu fui obrigado a ir morar com a minha tia. Era outra insana, nervosa, esquisita e muito chata! Só falava gritando, berrava o tempo todo. Quando ela saía pra trabalhar, parecia um paraíso... Meu Deus, quem inventou escova de dente e escola? Eu sempre odiei escola! A escola era o meu martírio, o meu holocausto, o lugar onde eu paguei todos os meus pecados, todas as minhas culpas! A única coisa que prestava era a Estelinha, lábios gordinhos e róseos... hum, era só o que prestava e era a única coisa que fazia as minhas pernas entrarem naquela maldita sala de aula... nossa, como eu sofri!

Gozado, o dia parecia dividido. Um lado ensolarado, colorido. O outro lado, nuvens negras, sombrias, abutres. Minha cabeça parecia um pião desgovernado. Nada encaixava com nada. De repente, um barulho da porta que se abriu e eu me lembro como se fosse hoje, um homem grande, todo de branco, entrou pela porta com a minha mãe pelo braço. Pensei que ia morrer. De medo, sei lá. Mas foi esquisito porque nem eu corri pra abraçá-la e nem ela correu pra me abraçar.

Ficamos dois túmulos. Ela deu um sorriso amarelo pra mim e muito depois estendeu os braços. Parecia que tinha uns dez anos que eu não via a mamãe. Ela estava velha e acabada. Olhava para o nada, tremia de leve, parecia abobalhada. Nunca mais voltei naquele lugar.

Dois anos depois, a tia Lany foi me procurar na casa da minha tia. Não falou nada e só me abraçou e não parava de chorar. Mamãe morreu, tia? Ela morreu, não é?Vi a minha mãe no velório. Quase esmurrei o velho do meu pai, aquele assassino! Ainda teve o despautério de chorar! Quis lavar a honra da minha mãe, quis muito acabar com o velho, mas alguma coisa em mim me segurou.

Dei um beijo na testa da mamãe e saí dali correndo. Estava com falta de ar. E hoje, Dra., eu estou aqui porque eu acho que eu venho tendo umas coisas parecidas com as coisas que a mamãe tinha... .

Evelyn Vinocur é psicoterapeuta cognitivo comportamental. Atua na área de saúde mental de adulto e é especializada em saúde mental da infância e adolescência.

Fonte do Texto e Imagem

http://bullyingecrime.blogspot.com/

Terapia&Tdah




(TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL)
X
TDAH (TRASNTORNO DE DÉFICIT DE ATUAÇÃO E HIPERATIVIDADE)


Vários autores que estudam os processos psicopatológicos, a neurobiologia e a neuropsicologia da TDAH, sugerem que uma disfunção no córtex pré-frontal e em suas conexões com a rede subcortical e com o córtex, parietal possa ser a responsável pelo quadro clinico deste transtorno.
Essas alterações seriam responsáveis por um déficit do comportamento inibitório e das funções chamadas executivas, incluindo memória de trabalho planejamento, auto-regulação da motivação e do limiar para ação dirigida a objetivo definido e internalização da fala.
O déficit do comportamento inibitório e das funções cognitivas, traduzir-se-ia nas características básicas do transtorno, ou seja, falta de controle, falta de motivação intrínsica para completar tarefas, falta de um comportamento governado por regras e uma resposta errática sobre condições típicas na escola e em casa que estão associadas a recompensas inconsistentes e demoradas.
Tem-se reconhecido que apsicopatologia na infância e adolescência do ponto de vista do referencial cognitivo-comportamental, abrange dois grandes grupos de patologias: A patologia em que os aspectos principais são os relacionados a distorção cognitivas – depressão e ansiedade, nas quais as distorções do pensamento com a generalização e catastrofização são bastante comuns e as patologias associadas a deficiência cognitivas – TDAH – encontram-se estratégias deficientes de solução de problemas, associados a uma ação imediata cognitiva geral. Isso leva normalmente a uma ação imediata, anterior a qualquer pensamento (o agir antes de pensar, característico de pacientes com o transtorno).
Assim é muito mais difícil remediar estratégias cognitivas de longa data alterada, de que distorções do pensamento muitas vezes agudamente estabelecida.
Mais ainda, como estes déficits cognitivos têm sua origem em processos neurobiológicos que ocorrem em período pré-verbais, estratégias cognitivo-comportamentais que se baseiam eminentemente em mediação verbal tendem a ter menos chance de êxito.
O TDAH representa um dos maiores desafios para as diferentes modalidades psicoterapicas, uma vez que por ter base predominantemente “orgânica”, parece pouco permeável as intervenções psicológicas. Estas atuam de modo insuficiente ou não atuam nos sintomas primários do TDAH.
Embora haja uma farta literatura sobre a TCC (Terapia Cognitiva-Comportamental) em paises desenvolvidos, muita pouco tem-se escrito sobre ao tema devido a vários fatores, entre eles:

* Pouca atenção dada à detecção e ao tratamento de problemas de saúde mental em crianças no Brasil.
* A terapêutica psicoterápica desses problemas na infância e na adolescência em nosso meio ser dominada por um único referencial teórico, ou seja, o referencial psicodinâmico.
* Embora a psicoterapia psicanalítica tenham espaço claro no tratamento de crianças e adolescentes, seria hoje um reducionismo aceitar que toda a complexidade envolvida nos transtornos mentais da infância e adolescente pudesse ser abarcada por um único método.

O tratamento sempre será ciência e arte clinica. Segundo diretrizes básicas, modificações e flexibilizações serão necessárias de acordo com cada criança / adolescente e sua família e de acordo com diferentes contextos nos quais a técnicas for empregada.
Da mesma forma, este não é o único modelo psicoterápico possível, nem necessariamente o mais correto.
Hoje a TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental) é o tratamento especificamente recomendado para crianças em idade treinando os pais e os professores a recompensar a criança quando esta demonstra o comportamento desejado e proporcionando conseqüências negativas quando não corresponde dos objetivos comportamentais propostos. Várias técnicas e estratégias de manejamento podem ser utilizadas (treinamento do comportamento dos pais, controle de comportamento na sala de aula, etc) e, as que mostram resultados positivos comprovados, enfatizam estruturar o meio ambiente da criança de modo a propiciar conseqüências consistentes para comportamentos desejados e não, desejados mais do que tentar ensinar às crianças novas habilidades cognitivas e/ou comportamentais. Esse treinamento das habilidades – apesar de intuitivamente tentador ainda não se mostrou claramente eficaz no tratamento dos sintomas básicos do TDAH.
É importante reafirmar que essa recomendação não significa, necessariamente, não haver espaço para o treinamento de habilidades. O ponto a ser lembrado é que a abordagem de treinamento dificilmente diminuirá os sintomas básicos do transtorno.
As diretrizes da AAP (Associação Americana de pediatria) apontam que apesar dos efeitos positivo de uma terapia comportamental bem conduzida terem sido claramente demonstrados, há limitações importantes para esse tratamento. Primeiro, quase todos os estudos que comparam a terapia comportamental com o uso de estimulantes indicam uma melhora muito maior dos sintomas básicos do TDAH quando é usado o medicamento. Segundo, assim como acontece com o uso do medicamento, a terapia comportamental freqüentemente não conduz a criança ao nível de comportamento normal. Finalmente, a terapia comportamental geralmente não proporciona mudanças positivas mais duradouras do que o tempo em que está sendo implementada. Os pais portanto, precisam estar preparados para manter o tratamento durante todo o desenvolvimento da criança. Isto está de acordo com a idéia do TDAH ser uma condição crônica, e não algo que pode ser curado com este ou aquele tratamento.
Os dados recentes do MTA indicam que a combinação de um cuidadoso tratamento medicamentoso com terapia cognitiva comportamental proporciona benefícios significativos em comparação com o tratamento apenas medicamentoso. Na análise do resultado final, crianças que haviam recebido tratamento combinado mostraram melhora maior que crianças tratados apenas com o medicamento. Além disso, as crianças de tratamento combinado tiveram uma redução significativa na dosagem do medicamento durante os 14 meses da pesquisa. Finalmente, pais e professores de crianças que receberam o tratamento combinado, estavam significativamente mais satisfeitos com o tratamento, diferença significativa também em termos de continuidade do tratamento.
Finalmente, a abordagem cognitiva começa com a educação sobre o transtorno (TDAH), para as crianças adolescentes, jovens e adultos portadores do referido transtorno assim como para pais, e professores desta população afetada e tem como objetivo ajudar o paciente, a família e os professores a compreenderem melhor os sintomas e prejuízos do transtorno como decorrente de uma doença, desfazendo rótulos prévios que geralmente acompanham esta criança. Ex.: (preguiçoso, vagabundo, burro, incompetente, etc). neste sentido, as intervenções psicoeducativas também são importantes para melhorar a auto-estima dos pacientes, freqüentemente abalada após anos de impacto do transtorno. Da mesma forma, elas ajudam os pais a aprenderem estratégias para melhor lidar com as dificuldades de seus filhos.

* o comportamento das crianças reflete suas necessidades
* afirme e reconheça os sentimentos dele e sua confiança na habilidade dele de fazer boas escolhas
* use “o que” mais do que “por que” ao fazer perguntas
* use “quando.... então” ao invés de “se você não... você não”
* dê espaço físico
* aumente as interações construtivas.


Fonte do Texto da Pesquisa e Imagem
http://bullyingecrime.blogspot.com/

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O TDAH AO LONGO DA VIDA



Tenho falado sobre os sinais e as implicações do TDAH na infância. Porém, uma criança com TDAH será um adulto com TDAH! A diferença em uma ou na outra faixa etária ficará na adequada avaliação diagnóstica e na intervenção eficaz. É claro que como mãe de crianças com TDAH acabei identificando em mim vários dos sinais do transtorno. Tudo começou com o diagnóstico delas. Inicialmente, senti muito claro que nada daquilo estava relacionado a mim, apesar do médico me afirmar sobre o caráter genético hereditário do TDAH. Comecei a procurar em pais e avós os sinais que os responsabilizassem pela transmissão.
Aos poucos, na terapia de orientação a pais, fui descobrindo que eu tinha muitas das dificuldades das minhas filhas e, por isso, não conseguia realizar as tarefas propostas pela psicóloga quanto a mudança do comportamento delas. Claro! É muito mais fácil ver as dificuldades dos outros do que as próprias. A situação se agravou quando percebi que o meu comportamento dificultava a terapia que fazíamos para beneficiá-las. Pensei: "Assim como elas, sou muito desatenta e me consumo com meus próprios pensamentos, procrastino as tarefas, sempre flutuo entre a impulsividade e a passividade, tenho dificuldade de tomar iniciativas, de estabelecer prioridades, de me organizar para o trabalho e não interrompê-lo. A baixa tolerância à frustração me impede de me lançar em algo com medo de não dar certo. Tenho muita energia e ideias brilhantes que da mesma forma que surgem, desaparecem deixando uma sensação amarga de decepção." Lembrei-me que, quando criança, eu agia exatamente como elas e por isso sofria demais, pois meus pais e professores não tinham noção do que acontecia comigo. A terapia era a dos castigos intensos...
A partir desse momento de autodescoberta e de mapeamento dos meus prejuízos funcionais, decidi que para ajudá-las eu precisaria me ajudar. Para que a psicoterapia tivesse um bom resultado, eu precisaria inicialmente ser a função executiva das minhas filhas, pois era necessário que elas conhecessem nelas os sinais e as consequencias do TDAH para, então, aprenderem a controlar o comportamento a partir de instruções dos adultos de modo que, gradativamente, novos padrões fossem internalizados.
O passo seguinte foi buscar o meu diagnóstico e os procedimentos terapêuticos adequados. Só não foi mais difícil porque em função das minhas dificuldades de lidar com minhas filhas desde o nascimento, iniciei um tratamento de psicanálise que me ajudou a entender alguns dos meus movimentos e sentimentos. Mas assim como meus pais e professores, a psicanalista não entendia meu comportamento e o justificava com as seguintes expressões: -É da ordem do desejo, ou, - Você se boicota.
É, foi duro mas me fortaleceu e me ajudou a não ter tanto medo dos meus limites. E ali estava eu: tão prejudicada pelo TDAH quanto minhas filhas. E agora?
Na orientação a pais, a psicoterapeuta sempre dizia: "Mudança de comportamento é algo muito difícil de realizar". Essa afirmativa me caiu como um desafio: difícil mas não impossível. Descobri nesse movimento que eu era uma pessoa resiliente. Resolvi ler, estudar, fazer cursos e participar de eventos sobre o assunto. Acreditei que conhecimentos sólidos seriam meus aliados nessa luta, por isso abracei uma nova profissão, a Fonoaudiologia.
Quanto a nós? Bem, continuamos muito atentas e monitorando nosso comportamento diariamente.


Arnete de Almeida Faria
Fonoaudióloga

Texto e Imagem do blog que sigo de boa qualidade
http://tdahfono.blogspot.com/2010/12/o-tdah-ao-longo-da-vida

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

TDAH e competência comunicativa



Na minha experiência
com os portadores de TDAH, sempre me intrigou o modo como esses sujeitos conversavam no cotidiano. Eu observava uma certa confusão e ficava com a sensação de que muito da conversa havia se perdido. Em vários momento, os participantes falavam ao mesmo tempo, mudavam de assunto sem avisar, faziam pausas por um tempo muito longo como se estivessem desinteressados do assunto. Em suma, parecia que a conversa dificilmente era bem sucedida.
Fiquei curiosa com essas observações, pois hoje em dia saber conversar é fundamental na vida das pessoas. Saber o quê, como, onde, quando e com quem conversar pode definir um perfil acadêmico, social e profissional! Como dizia o velho guerreiro Chacrinha: "Quem não se comunica, se trumbica!"
Como poderá ser o futuro profissional de um repórter que sempre se distrai enquanto o entrevistador responde à pergunta, ou por impulsividade frequentemente faz outra pergunta antes de ouvir a resposta completa? Como poderá ser o futuro de um psicólogo que constantemente fala em demasia, e interrompe e se intromete na fala dos pacientes?
Essas perguntas que rondaram meus pensamentos durante alguns anos me levaram a questionar se a competência comunicativa pode estar prejudicada nos portadores de TDAH. Caso afirmativo, por quê? E o onde se insere, nesse caso, a Fonoaudiologia, ciência que tem como objeto de estudo as alterações e patologias que acometem a comunicação humana?

A partir dessas indagações, iniciei minha pesquisa teórica sobre o assunto para a minha monografia de conclusão do curso de graduação em Fonoaudiologia. Ontem, defendi minha monografia com sucesso e indicação para realizar a pesquisa de campo. Com isso, espero contribuir com novos achados sobre o TDAH.


Arnete de Almeida Faria

Imagem do google
Texto do blog abaixo
http://tdahfono.blogspot.com/

Transtorno Depressivo Maior



Atualmente os psiquiatras utilizam duas fontes diagnósticas: o DSM IV-R e a CID10( OMS). A partir de 2011 vai haver a reformulação dessas duas referências.

Quando realizamos o diagnóstico de transtorno depressivo maior, precisamos diferenciar do espectro bipolar ja abordado anteriormente. Se o paciente não possui história positiva de bipolaridade no passado e no presente, podemos pensar no diagnóstico de depressao unipolar.

O transtorno depressivo maior é um conjunto de sintomas( síndrome) composto por alterações no pensamento( cognição), no comportamento( ação), na parte física( somática), vegetativa( ciclos biológicos) e controle de impulsos.

Para fazermos o diagnóstico de transtorno depressivo maior (TDM), o paciente precisa preencher 5( cinco) critérios de nove listados, pelo período mínimo de 2( duas ) semanas, sendo pelo menos um dos sintomas humor depressivo ou perda do interesse ou prazer. Os sintomas devem causar prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional ou outras áreas da vida. Não podem ser causados por uso de substâncias ,uma condição médica geral ou luto.


Os critérios são os seguintes( na maior parte do dia):

1- humor deprimido( irritável em crianças e adolescentes)

2- Interesse ou prazer diminuído em quase todas as atividades

3-significativa perda de peso ou ganho de peso

4-Insônia ou hipersonia( excesso de sono)

5-Agitação ou retardo psicomotor

6-Fadiga ou Perda de Energia

7-Sentimento de desvalia ou culpa excessiva ou inadequada

8-Diminuição da capacidade de pensar e da concentração

Fonte da Pesquisa e Imagem
http://neuronios-saudemental.blogspot.com/

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

TDAH Tratamento Gratuito para Crianças

Pais que têm filhos muito agitados e desconfiam que eles sofram de Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAHI), aí vai uma boa notícia: a Santa Casa de Misericórdia do Rio está com 50 vagas para o tratamento gratuito de crianças com esse problema.

Mas, segundo Fabio Barbirato, chefe do departamento de psiquiatria infantil da instituição, nenhum dos pacientes ter feito qualquer tratamento antes ou estar no meio de um:

- A iniciativa é voltada para pessoas humildes, que não teria como pagar esse tratamento, que é caríssimo. Só a avaliação pode custar entre R$ 2 mil e R$ 3 mil.

Outras informações podem ser obtidas no telefone da Santa Casa: 2533-0118. E, caso você ache que seu filho pode ter TDHI, veja abaixo uma lista com os sintomas. Se forem identificados entre 5 e 6 deles com a intensidade "bastante" ou "demais", você deve encaminhar a criança para uma avaliação especializada.

1. Falha em prestar atenção aos detalhes ou comete erros por falta de cuidado em trabalhos escolares e tarefas.

2. Dificuldade em manter atenção em tarefas ou em brincadeiras.

3. Parece não escutar quando lhe falam diretamente.

4. Não segue instruções e falha em terminar temas de casa, tarefas ou obrigações.

5. Tem dificuldades para organizar tarefas e atividades.

6. Evita, não gosta ou reluta em envolver-se em tarefas que exijam manutenção do esforço.

7. Perde coisas necessárias para suas atividades (brinquedos, livros, lápis, material escolar).

8. É distraído por estímulos alheios.

9. É esquecido nas atividades diárias.

10. É irrequieto com as mãos ou pés ou se remexe na cadeira.

11. Abandona sua cadeira em sala de aula ou em outras situações nas quais isto é inapropriado.

12. Corre ou escala em demasia em situações nas quais isto é inapropriado.

13. Tem dificuldades para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer.

14. Está a mil ou frequentemente age como se estivesse a "todo vapor".

15. Fala em demasia. 16. Dá respostas precipitadas antes das perguntas serem completadas.

17. Tem dificuldade para aguardar a vez.

18. Interrompe ou se intromete em conversas ou brincadeiras.


Fonte do texto da Pesquisa e Imagem

http://criancahiperativa.blogspot.com/

Pesquisadores buscam uma forma objetiva de diagnosticar transtorno de atenção





Estou diante de um console de plástico cinza que lembra uma cabine de piloto de avião.
Toda vez que me mexo, um pequeno refletor em uma tiara improvisada na minha testa alerta um dispositivo de monitoramento infravermelho que aponta para mim de cima de um monitor de computador.

Vendo a tela, eu devo clicar em um mouse toda vez que vejo uma estrela com cinco ou oito pontas, mas não estrelas com apenas quatro pontas.É uma tarefa realmente simples e tenho diploma de graduação. Então por que sempre erro?

Na metade da sessão, com duração de 20 minutos, me vejo clicando em várias estrelas de quatro pontas, enquanto suspiro, xingo e bato o pé a cada novo erro, enviando informações ainda mais desfavoráveis ao aparelho através de faixas de monitoramento ligadas às minhas pernas.

Dr. Martin H. Teicher, psiquiatra de Harvad e inventor do teste, tem uma explicação para minha situação difícil.

"Temos algumas evidências objetivas de falha na atenção", ele disse - em outras palavras, um caso "muito sutil" de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, ou TDAH (de fato, já tinha recebido esse diagnóstico três anos antes).

Eu não apenas cliquei demais onde não deveria, ou não cliquei onde deveria, mas pequenas mudanças no movimento da minha cabeça, monitorado pelo detector de movimento do aparelho, sugeriam que eu tendia a mudar estados de atenção, de focada na tarefa a distraída, passando por impulsiva.

A invenção de Teicher, o Sistema Quociente TDAH, é apenas um dos vários esforços contínuos para encontrar um indicador biológico - evidências biológicas nítidas - para este transtorno tão elusivo.

A maioria dos pesquisadores considera o TDAH um déficit genuinamente neurológico que, se não for tratado, pode arruinar não apenas os boletins escolares, mas também vidas. No entanto, a busca por evidências objetivas ganhou uma nova urgência nos últimos anos.

Muitos críticos dizem que o transtorno está sendo descontroladamente superdiagnosticado por médicos que empurram medicamentos controlados em associação com a indústria farmacêutica, estimulados por uma cultura de pais extremamente ansiosos e educadores complacentes.

Esses críticos afirmam que o tratamento padrão - medicamentos estimulantes como Ritalina e Adderall - trazem um alto risco de efeitos colaterais e abuso em crianças cujos problemas de atenção podem não ter causa biológica.

Mesmo assim, apesar dos perigos do diagnóstico falho, a forma mais comum de detectar o distúrbio não tem relação direta com a biologia. Em vez disso, os pacientes - junto com seus pais e professores, no caso das crianças - são solicitados a responder um questionário sobre sintomas dos quais a maioria dos mortais acaba sofrendo cedo ou tarde. Você (ou seu filho) muitas vezes comete erros bobos? Você muitas vezes não ouve quando falam com você diretamente? Você muitas vezes não acompanha instruções que lhe são dadas?

Este método, similar à forma como os médicos diagnosticam doenças mentais, é tão subjetivo que as respostas, e os diagnósticos, podem depender do quanto um paciente, um pai ou professor está se sentindo angustiado em determinado dia. Além disso, pais e professores, e até pai e mãe, podem discordar, obrigando o médico a escolher em quem acreditar.

Fonte do texto e pesquisa
http://criancahiperativa.blogspot.com/

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Ressonância magnética pode ajudar a identificar bipolaridade


Pesquisadores apontam que o uso de exames cerebrais por imagem, para observar como o funcionamento da memória é influenciado pelas emoções, pode ajudar a identificar crianças que sofrem de transtorno bipolar ou do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).


Diferenciar os dois transtornos baseando-se apenas em medidas comportamentais é tarefa difícil para os médicos. Porém, os pesquisadores da Universidade de Illinois, em Chicago, afirmam que as novas descobertas podem ajudar nos esforços para desenvolver exames de diagnósticos baseados tanto em marcadores neurológicos como em comportamentais.

No estudo foram utilizados exames de ressonância magnética funcional para observar as atividades cerebrais de crianças e jovens enquanto os mesmos realizavam tarefas de memória, ao mesmo tempo em que visualizavam rostos com diferentes emoções. Os participantes tinham entre 10 e 18 anos, sendo que 23 deles sofriam de transtorno bipolar, 14 de TDAH e 19 não apresentavam nenhum dos dois problemas. Os autores do estudo ressaltaram que aqueles que sofriam de um dos dois transtornos não estavam tomando medicação.

Segundo o relatório publicado na edição de outubro do Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry, em comparação aos participantes do grupo de controle, aqueles que sofriam de um dos dois transtornos apresentaram disfunções no córtex pré-frontal - área que controla o comportamento (como a impulsividade), as funções executivas, a memória de trabalho, a atenção e a linguagem.

O estudo constatou que os participantes com TDAH foram os que apresentaram as disfunções mais severas no córtex pré-frontal, mas os que sofriam de transtorno bipolar apresentaram maiores deficiências em áreas cerebrais envolvidas no processamento e regulagem das emoções.

"Esperamos que, ao conseguir diferenciar melhor esses dois graves distúrbios comportamentais, possamos desenvolver diagnósticos mais precisos e tratamentos mais direcionados para o transtorno bipolar e o TDAH", disse em um release Alessandra Passarotti, professora assistente de psiquiatria na Universidade e principal autora do estudo.

Fonte do texto da Pesquisa e Imagem

http://criancahiperativa.blogspot.com/

sábado, 27 de novembro de 2010

A furiosa mãe de um filho com tdah


Venho por meio desta esclarecer, que Sim, ando furiosa. Saber hoje que meu filho é TDAH ( transtorno de déficit de atenção e hiperatividade ), e saber que, por isso : "Um grande n.º de outras dificuldades a longo prazo tem sido associadas com relações negativas com seus pares na Infância, incluindo um maior risco de desenvolvimento de uma condição comórbida ( ex. : depressão, ansiedade ), abuso de substâncias, comportamento delinquente ou criminoso, e instabilidade no trabalho. Resumindo, as crianças com TDAH que também apresentam desadaptação social,


quando comparadas com outras crianças com TDAH que não são rejeitadas pelos seus pares, carregam um fardo psicológico maior, que as predispõe a dificuldades em várias áreas através da idade adulta ( e durante toda a vida )”.



A partir disso, começa a correria!! Psicóloga, neurologista, exames, dificuldade em lidar com os efeitos colaterais da medicação, aulas de reforço escolar, ufa!! E ouvir, do colégio onde seu filho estuda que você "tem que dar um jeito nele", e "não queremos mães mal educadas neste colégio", etc. , me leva a seguinte pergunta: uma mãe pode ficar furiosa por se sentir abandonada e saber que seu filho, muito amado, inteligente, só que "meio atrapalhado", tem que ficar trocando de colégio para ver quem o aguenta ?


Por que todas as mães de crianças TDAH passam por isso? Por que, quando eu ainda não contestava o colégio, nunca fui "convidada" a levar meu filho pra outra instituição, mesmo ele não se adaptando ao colégio ? E agora, após o diagnóstico de TDAH, no primeiro problema, fazem de tudo para que eu tire o meu filho do colégio, inclusive com ataques pessoais ? Sobre o parágrafo acima, gostaria de entender: por que, quando eu ia ao colégio, todos os funcionários sabiam quem era meu filho, não pelo ruivo do seu cabelo, mas sim, por ser desastrado, etc, e ficavam comentando nas minhas costas? Por que viviam os professores reclamando e nenhuma boa alma me apareceu para dizer que seria boa a ajuda de um psicólogo ? Por que, das várias vezes que conversei com a coordenadora Margareth sobre levar o Felipe ao psicólogo ou se ela não achava que ele tinha algum problema, simplesmente me dizia: ora mãe, não é para tanto! Basta ser mais firme! _ E eu dizia: Mais??? Como??? Passei 12 anos tentando descobrir o problema e muitos profissionais ( de escolas ) diziam que “quando ele crescer vai amadurecer”... Ok, eu já sei, que muitos profissionais estão despreparados, etc, mas... Não haverá aí também uma acomodação desses profissionais em fórmulas antigas, ultrapassadas, etc? Mas aí apareceram as crianças com problemas... Os arcaicos, podem dizer: Maldita inclusão!!!! ( E eu digo: Bendita seja!!! )

Antigamente a população era menor, as pessoas tinham pouco acesso à informação e a vida era mais fácil ... assim dizem... Já sei que, segundo todos os que conhecem bem esse transtorno, o problema sempre é da criança e dos pais. Todos estes profissionais lamentam o fato de nós, pais e os portadores de TDAH, passarmos por isso. Não estou me fazendo de vítima, ao contrário. O que eu gostaria de saber é: e quando alguém é vítima de um TDAH, o que dizer à vítima? Sim, sou uma mãe furiosa.

Além de mãe furiosa, agora sou também, a secretária que cuida da agenda do meu filho: aulas de judô, aulas particulares de inglês, aulas de reforço de matemática, química, física e português. Minha grande alegria deste ano foi conseguir uma professora de português que se comprometeu em não só dar aulas de reforço para a matéria deste ano, mas também, ajudá-lo a “sair do atraso” de vários anos nesta matéria. Quem for MÃE que me atire a primeira pedra. Mas somente aquelas que forem mães. Às demais, fica somente a minha fúria.

Deus me deu o privilégio da maternidade. Tenho 3 filhos, somente um TDAH. Segundo o Dr. Jobair Ubiratan Aurélio da Silva, neurologista do meu filho, Deus escolhe bem as mães de filhos TDAH. Me sinto uma privilegiada em ter um filho assim. Depois dele, comecei a aprender sobre a hipocrisia, o descaso, o “tudo de ruim”, mas também, o melhor dos seres humanos.

Às que são mães, mas de filhos “que não dão nenhum problema”, digo-vos: tenho duas filhas que são deste tipo, e é como brincar de boneca... Uma alegria só!! Elogios....muitos!!! Professores as adoram, tem muitos amigos, aprendem tudo rapidinho...hummmmmmm, uma delícia!! Mas... e quando o filho apresenta um problema? Claro, a culpa é da mãe!! Mimam demais, não dão disciplina, etc, etc... Um inferno!! Mas... e quando não mimam e dão disciplina?? Claro, não estão fazendo seu trabalho direito!! E quando a criança é TDAH ? .... hum...perguntinha difícil, já que hoje em dia já não se pode dizer que isso é uma invenção dos pais pra não educarem seus filhos... (CID 10: F90.0 ).

TDAH , apesar de nos cobrar doses enormes de paciência, não é um “bicho de 7 cabeças”. Mas, se pensarmos que parecemos “bichos de 7 cabeças” para essas crianças, a coisa muda. Segundo todos os especialistas que lidam com portadores deste transtorno, SIM, eu tenho todo o direito de estar furiosa!!! EXIJO que os profissionais da educação se enterem do que é TDAH, para saber como lidar com ele, para que assim, deixemos de ser “bichos de 7 cabeças”. Agora que todos já sabem quem eu sou, pelo meu “comportamento” na escola, digo que era essa mesma a minha intenção: SER COMENTADA.

Além de mãe furiosa, não sou conhecida por ser super protetora, muito pelo contrário: sou uma mãe, tia, prima, irmã, filha, sobrinha, neta, bisneta, cunhada e vizinha que não gosta de bate- boca. Isso mesmo! Me chamam de obstinada (nem sempre sendo como um elogio), aquela que resolve as situações quando os demais envolvidos também anseiam por ela. A família do meu marido é bastante numerosa (são 10 irmãos). Não havia muito diálogo entre eles, mas sim, muitas reclamações. Hoje, o Natal, e muitas datas comemorativas, acontecem na minha casa. Detalhe: é uma família japonesa. Por incrível que pareça, não há intrigas, disputas, mas há sim, muito carinho entre os cunhados/cunhadas e aproveitamos nosso tempo juntos, para brindar à vida, pelo prazer que nos dá em nos reunirmos, fazermos parte da vida uns dos outros, fazendo aquilo que Jesus nos ensinou: Amarmos uns aos outros. Sabe quem tem o mérito por isso? TODOS nós. TRABALHO DE EQUIPE. SENSO DO DEVER . A consciência de sermos o exemplo maior dos nossos filhos.

Toda linda história de amor nem sempre tem um lindo começo. Depende dos corações que batem dentro de nós. Eu tento sempre sentir “onde aperta o sapato “ no outro. Quando não consigo, através de uma simples tentativa, tento entrar dentro do ser que me pede ajuda, para entendê-lo. Acredito piamente que essa é a única estrada a seguir. Entender o outro não quer dizer fazer o que o outro quer, mas sim, buscar um consenso. Espero que entendam “onde o sapato me aperta” com esse “desabafo”. Já que me está proibido pela diretora falar com quem quer que seja deste colégio (ela disse que é dona desta instituição e eu só posso resolver (...) com ela ... ). Sem comentários. NÃO estou furiosa por meu filho ter ficado de recuperação _ que fique bem claro. Eu mesma já discuti com uma professora de geografia, 2 anos antes, por NÂO o ter deixado de recuperação. A minha preocupação é com o ser humano que estou preparando “pro mundo”. Que o repitam, o coloquem de recuperação, pouco me importa. Me preocupa sim, e muito, em torná-lo em um “Homem de Bem” (pareço minha avó, desse jeito..rs). Com a ajuda de Deus, conseguirei, sabendo que : “Uma andorinha só não faz verão”. E quem for MÃE, que me atire a primeira pedra!



Por Luciani Cordeiro, Mãe de Felipe Quevedo.
Imagem de google
Fonte do texto da Pesquisa
http://www.tdahi.com.br/index.php/depoimentos/51-depoimentos/112-mae-furiosa-luciani-cordeiro.html
Sabemos que nunca estamos só mesmo na tristeza e felicidade sempre temos pessoas solidaria.(Mary Cely)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

15 mil Visitas Obrigadoooooooooooooo


Este espaço foi criado no dia 27 de novenbro de 2009 .
E venho com alegria agradecer a todos que nos visitam .
Colaboradores direto pelo sucesso alcançado .
Completamos hoje 25/11/2010. 15.000 mil visitas.
Espero continuar procurando informar tudo que achar conveniente sobre o TDAH.

Obrigado a todos que nos prestigiam.
Nosso primeiro ano de BLOG.
Em especial ofereço a Pablito "Menino de Ouro"este degrau que conseguimos galgar.
Sabemos que a escada é longa.
Mas....
Vamos que Vamos.
27/11/2009 25/11/2010.

UM ANO 15 mil Visitas.Uebaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Imagem do google

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Coordenadores despreparados podem ser nocivos a vida de um TDAH





Lendo o artigo abaixo sobre o caso do aluno de TDAH, eu começo a ter certeza de que muitos educadores e coordenadores estão longe de atuar na educação como ela merece.

Falta muito preparo, atenção, vontade e acredito que alguns acham que podem falar para o aluno o que quer e não quer. Engano do educador!

Não generalizo, alguns são atenciosos e sabem lidar com alunos que precisam do seu amor e carinho, mas outros preferem dar patadas e coices.

Lembro que meu filho sempre amava uma coordenadora chamada Adriana, que entendia e sabia quanto uma criança com TDAH sofre com suas impulsividades e falta de atenção. Ele chegou a ter um relacionamento ótimo por alguns anos com esta maravilhosa coordenadora a ponto de chamá-la de mãe e ela de Filho.

Quando saiu da escola e foi para outra que está, ele chorou por sua falta, mas tive que fazer esta troca devido a escola ser puxada demais. Para ele, o estudo estava sendo difícil demais por ter que estudar muito para as provas.

Mas como existem bons educadores, existem outros que acham que são Deuses.

Existe sempre aquele coordenador que não acredita que a criança tem Tdah e nem procura saber o que é, quais são e como são os efeitos de uma criança com transtorno de déficit de atenção.

Também, pra que? Não são eles que tem dificuldade, o dinheiro todo mês cai na conta e se dedicar um pouco para entender os transtornos de déficit de atenção é muita areia para o seu caminhãozinho.


Alguns tem seus cargos como vitalícios em algumas escolas e pensam que não correm o risco de perdê-los pela irresponsabilidade de não saber lidar com uma criança que não pediu para ser desta forma.

Talvez queiram ser ou são mal educados com estas crianças por saber que não vão dar conta do recado e não vão conseguir educar a criança com TDAH.

Ela(e) precisa jogar a sua falta de capacidade em alguém – e ai vai na criança. Incompetência pura!

Muitas vezes, situações como estas me faz desacreditar na pedagogia que mais parece em algumas escolas uma ditadura; as crianças não tem direito nenhum, não são ouvidas e apenas recebem broncas e falta de respeito de quem deveria amá-las.

As crianças precisam estar prontas para lidar com a ignorância dos coordenadores despreparados e ultrapassados.

Eu também sou um pai de uma criança com TDAH; eu sei que alguns coordenadores são totalmente hipócritas e despreparados pedagogicamente, sem falar de atitudes que merecem o desprezo do aluno do que a sua atenção.

Já tive o desprazer de escutar do meu filho que a sua coordenadora disse para ele na frente dos seus amigos de classe que TDAH não é problema, mas falta de educação. Se fosse falta de educação, ele ainda está em tempo para ser corrigido, mas ela já não tem mais idade para isso.

Falta de educação é o despreparo pedagógico por fazer o que não se pode fazer.

O grande problema é saber o que é falta de educação e TDAH. Pelo que percebi, a falta de despreparo pedagógico é o problema da coordenadora.

Não se fala do que não se conhece, não se fala do que não está preparada, não se trata um aluno desta forma – com ou sem TDAH – não é correto esta atitude e muito menos cristã.

Jesus nos disse que deveríamos amar o próximo como a ti mesmo e não matar o próximo.

Estas atitudes matam a vontade de ir para escola, matam a capacidade de uma criança com transtorno que busca em sua alma o interesse nas matérias, isso mata a educação!

O grande problema é que isso pode ser considerado preconceito – conceito pré-concebido sem conhecimento do assunto. Isso é crime!

Se o aluno é considerado um aluno de inclusão, seria o TDAH uma falta de educação?

Pelo projeto (PLS 402/08), o poder público deve manter programa de diagnóstico e de tratamento de estudantes da educação básica com essas duas disfunções, por meio de uma equipe multidisciplinar, com a participação de educadores, psicólogos, psicopedagogos e médicos, entre outros profissionais.

O projeto também assegura às crianças com dislexia e TDAH o acesso aos recursos didáticos adequados ao desenvolvimento da aprendizagem, bem como estabelece que o Poder Público garanta aos professores da educação básica cursos sobre o diagnóstico e o tratamento desses dois transtornos, de forma a facilitar o trabalho da equipe multidisciplinar.

O projeto original previa somente o diagnóstico e o tratamento da dislexia nas escolas. Segundo o parlamentar, as crianças com esse tipo de transtorno não recebem, atualmente, atendimento específico e especializado nas escolas públicas brasileiras. – A criança com dislexia, devido às suas dificuldades de acompanhar o processo de aprendizagem dos demais alunos, tende a sentir-se frustrada e, pelo menos uma parte delas, pode desenvolver problemas emocionais e comportamentos anti-sociais, como excessiva agressividade ou retraimento - afirma Camata.

A matéria já foi aprovada na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Na CE, a relatora, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), incluiu o transtorno do déficit de atenção no projeto, ao justificar que, assim como a dislexia, o TDAH também ocasiona dificuldades na escola, tanto na aprendizagem quanto no relacionamento social. - Cabe ressaltar que o TDAH é reconhecido oficialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e, em alguns países, seus portadores são protegidos pela lei, no que diz respeito a tratamento diferenciado na escola - justifica a senadora.

Agora que já foi citada a lei que fornece ao aluno com TDAH uma proteção diante da justiça, será que ser desprezado e humilhado diante dos colegas não acarreta outros problemas mais sérios que a Ritalina não vai resolver?

Um educador deveria ter no mínimo um preparo para chamar a atenção de uma criança, será que ele não sabe que isso pode causar um processo pelos direitos da criança e adolescente e baseados nas leis que protegem o portador de TDAH que é considerado um aluno de inclusão?

Chamar a atenção é uma coisa, outra é querer ridicularizar a criança na frente dos colegas de classe.

Não estou defendendo que a criança possa fazer o que quiser, mas é necessário saber como fazer isso sem prejudicar o seu processo educativo.

Mas isso é um reflexo do preparo de alguns educadores.

Dizer é muito fácil, responder pelos seus atos diante da justiça é que pode ser difícil.

Lute pelo seu filho, não deixe que nenhum educador possa fazer do seu filho um boneco manipulado pelo seu ego.

O Narcisismo também é um pecado que leva o educador a ruína.

Fonte do Texto e Imagem
http://criancahiperativa.blogpot.com

Autor do texto Alexandre Farias

Dicas da ABDA para os Pais que tem filhos com Déficit de atenção e Hiperatividade


Estas recomendações foram elaboradas pela ABDA (www.tdah.org.br) com base na experiência de portadores, familiares e profissionai, devendo ser encaradas como “dicas” que não excluem o acompanhamento por profissional especializado.

Dicas para os PaisEducar um filho com TDAH não é tarefa das mais simples.

Paciência, firmeza e disciplina são algumas das características que quem convive com o portador de TDAH precisa ter. Além de seguir com comprometimento o tratamento prescrito pelo médico, há algumas dicas simples que podem tornar a vida dos pais e da criança mais sadia e feliz.

1) O comportamento dos pais não é a causa do TDAH, mas pode agravá-lo. Um lar estruturado, com harmonia e carinho, é importante para qualquer criança, e indispensável para as portadoras de TDAH, que precisam de bastante suporte para superar suas dificuldades.

2) A casa precisa ter regras claras e que sejam seguidas por todos. Os pais atuam como modelos para os filhos, portanto, devem agir como gostariam que ele agisse. Só assim a criança terá parâmetros de comportamento bem definidos e saberá o que é exigido dela.

3) Elogie, elogie, elogie. É sempre melhor dar atenção aos bons comportamentos do que punir sempre que algo indesejável acontece.

Não espere pelo comportamento perfeito, valorize pequenos passos alcançados. Lembre-se que ela está sempre tentando corresponder às expectativas, mas às vezes não consegue.

Crianças portadoras de TDAH tendem a ser muito criticadas, rotuladas de bagunceiras, e desobedientes e podem se sentir frustradas por não conseguir corresponder às expectativas dos adultos. Ofereça atenção e carinho ao seu filho.

4) A dica número 3 não é sinônimo de permissividade. Dar carinho e atenção não significa deixar de educar com firmeza, impondo limites quando necessário. A criança precisa aprender a cumprir regras e o respeito a elas deve ser exigido.

Leia sobre o assunto para entender o que se passa com seu filho e qual a melhor maneira de ajudá-lo. Compreenda as suas limitações, não exija demais dele, e invista em suas potencialidades.

O psiquiatra, o neurologista e o psicólogo especializad
os em TDAH são sempre a melhor fonte para recomendar livros, textos e sites relacionados.




Fonte da Pesquisa e Imagem
http://criancahiperativa.blogspot.com/search/label/Tratamento%20para%20TDAH

Não é fácil estudar e querer brincar.....


E ai pessoal, como é que vocês estão?

To em prova, não é fácil estudar. É chato demais.



As vezes fico irritado porque eu preciso estudar, mas não consigo ficar concentrado estudando por muito tempo. Caramba, os meus amigos brincando lá fora e eu aqui dentro de casa tendo que estudar. E ainda se fosse algo legal, mas decímetro, centímetro, milímetro...onde é que eu vou usar isso na vida?

Imagina você – Eu chego no posto com o meu carro e digo – Coloca ai 20 mil centrimetros cúbicos de gasosa.... é difícil.... E quando eu preciso decorar o uso das colunas dos templos gregos – jônico, dórico e Corintias...pra que isso, meu Deus!

Será que o pessoal que manda a gente estudar isso não poderia fazer umas matérias do dia a dia da gente?

O problema é que eu fico escutando o barulho da bola, quando não é a campainha que toca e um amigo me chama para jogar bola na quadra. Pronto, lá se foi a minha concentração nos estudos, a minha cabeça fica lá fora.... a cabeça da minha mãe fica doendo de tanto eu pedir para brincar.

As vezes eu durmo até tarde só para não estudar. Eu acordo, mas fico quietinho na cama para o meu pai que estuda comigo não me fazer estudar muito. Mas quando chega uma tal hora, ele me chama e não tem como fugir dele.

Mas não é só de momentos difíceis que a gente vive. Eu quero falar de algo muito legal que a minha professora de geografia fez.

Você acredita que eu consegui decorar todos os estudos e capitais brasileiras!

Que é? Ta duvidando?

É verdade, mas não foi estudando como a gente sempre estuda. A minha professora fez uma musica com todos os estados e capitais. Pronto...decorei rapidinho...

Os professores poderiam ensinar assim, pelo menos a gente consegue aprender com criatividade.
Você imaginou aprender matemática com musica!

Seria uma musica para a tabuada do 8, outra para a do 7 – Só falta o Silvio Santos para dizer – Qual é a musica?

Fonte do texto e Imagem

http://criancahiperativa.blogspot.com/

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Direitos Iguais?


Temos a mesma forma humana o que distingue a minha pouca diferença é a pigmentação de minha pele.
Temos doenças ,ouvimos, falamos andamos e corremos.
Então não existe diferença:
Sou Humano da mesma forma que todos.
Respeite-me o preconceito é coisa de maus pensadores.
(Mary Cely)
Crianças Felizes Demais

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Equoterapia


EQUOTERAPIA

Os efeitos da terapia com cavalos

Todos conhecem e admiram o valor do cavalo na vida de uma pessoa e o quanto tem sido útil para a evolução da humanidade. O que muitos não sabem é que o contato com esse animal pode também trazer benefícios às pessoas com deficiência, por meio da eqüoterapia. O cavalo é um animal dócil, de porte e força, que se deixa montar e manusear, transformando-se em um amigo para o praticante, que cria com ele um importante laço afetivo. Essa relação de confiança e cumplicidade é essencial na sua recuperação, proporcionando ganhos não apenas no aspecto físico como também psicológico, possibilitando à pessoa em terapia uma boa dose de motivação e auto-estima para seguir em frente e alcançar a sua reabilitação.

A ANDE-Brasil, Associação Nacional de Eqüoterapia, fundada há 17 anos e sediada em Brasília, é responsável pela capacitação nessa área, reconhecendo e ministrando cursos em todo o Brasil. A associação define a eqüoterapia como um método terapêutico e educacional, que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e quitação, buscando o desenvolvimento biopsicos-social de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Na eqüoterapia, o animal é o objeto inter-mediador entre o praticante e o terapeuta. O contato com o cavalo propicia melhora na autonomia e independência. Além disso, promove a organização e a consciência do corpo, estimula a força muscular, melhora o equilíbrio, a postura e desenvolve a coordenação motora, entre outros.

Segundo o presidente da ANDE-Brasil, Lélio de Castro Cirillo, os profissionais que atuam na eqüoterapia são especializados em: Fisioterapia, Psicologia, Equitação, Terapia Ocupacional, Pedagogia, Psicopedagogia, Educação Física e Fonoaudiologia, entre outros. Sendo o mínimo para composição de uma equipe: fisioterapeuta, psicólogo e equitador.


INDICAÇÃO


A eqüoterapia é indicada para crianças e adultos, em diversos casos, como paralisia cerebral, acidente vascular cerebral (derrame), trauma crânio encefálico, lesões medulares, síndromes, autismo, psicoses, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), deficiência visual, deficiência auditiva, fobias, estresse, entre outros.

A terapia só pode ser indicada após avaliação médica, psicológica e fisioterapêutica. As sessões podem ser realizadas em grupo, porém o planejamento e o acompanhamento devem ser individuais.

É indispensável que o terapeuta conheça a patologia do paciente, o cavalo, as técnicas específicas a empregar nas áreas de saúde, educação e equitação e entenda as necessidades do praticante. Durante toda a sessão, o terapeuta ajuda a estimular a auto confiança, auto-estima, a fala e a linguagem. Promove, ainda, estimulação tátil, orientação espacial e temporal, memória, percepção visual e auditivas, equilíbrio e direção, entre outros.

Na eqüoterapia são oferecidos quatro programas destinados às diversas necessidades dos praticantes: 1) A Hipoterapia: um programa de reabilitação para pessoa com deficiência física ou intelectual, que não têm condições para se manter sozinha no cavalo. Necessita, potanto, de auxiliar - guia e auxiliar - lateral, que ficam junto e ao lado do praticante, acompanhados pelo terapeuta, que conduz a execução dos exercicios programados. 2) A Reeducação eqüestre: um programa de reabilitação ou educativo para quem tem condição de exerxer alguma atuação sobre o cavalo e conduzi-lo. 3) O Pré-esportivo: um programa de reabilitação ou educativo para quem tem boas condições para atuar e conduzir o cavalo. O praticante pode participar de alguns exercícios de hipismo. 4) Esportivo: aplicado também como reabilitação e educativo para quem tem boas condições para andar à cavalo, já podendo participar de competições hípicas. Todos os programas contam com a orientação dos profissionais.



O CAVALO E A TERAPIA


Cada passo completo do cavalo apresenta padrões semelhantes aos de caminhar humano e impõe um deslocamento da cintura pélvica (quadril) da pessoa quando ela está sobre o animal. A primeira manifestação física quando a pessoa anda à cavalo é o ajuste tônico, que se torna rítmico, com o deslocamento do cavalo em cada passo, ou seja, na medida em que o praticante anda à cavalo, há um ajuste natural do corpo, em que o movimento de seu quadril acompanha o ritmo do andar do cavalo. A adaptação a esse ritmo é uma das peças mestras da eqüoterapia.

O cavalo nunca está totalmente parado. A troca de apoio das patas, o deslocamento da cabeça ao olhar para os lados, as flexões da coluna, o abaixar e alongar do pescoço impõem ao cavaleiro um ajuste no seu comportamento muscular, a fim de responder aos desequilíbrios provocados por esses movimentos. Os deslocamentos da cintura pélvica produzem vibrações que são transmitidas ao cérebro do praticante, via medula, o que já foi apontado ser adequado à saúde, por trazerem reações de “endireitamento” do corpo, ajustando a postura e melhorando seu equilíbrio.

É preciso um animal especial e adestramento para atuar nessa terapia, chamado de “cavalo-tipo”, com andadura correta. O cavalo é trabalhado para aceitar os comandos de uma pessoa com deficiência. Os cuidados dispensados ao animal são os mesmos relativos aos cuidados básicos de um cavalo comum, com diferenças apenas na alimentação. Em geral, consome alfafa, feno e capim (proteínas), além de uma ração específica com nutrientes necessários para seu bem-estar.

A segurança física do praticante deve ser uma preocupação constante de toda a equipe, com atenção especial ao comportamento e atitudes habituais do cavalo e às circunstâncias que podem vir a modifica-los. O local das sessões também merece atenção para evitar ruídos anormais que venham assustar os animais.



CUSTO X BENEFÍCIO

De acordo com a psicopedagoga Liana Santos, os ganhos motores e psicológicos são visíveis e os resultados podem aparecer em 6 meses de montaria, com sessões semanais de em média 40 minutos. As dificuldades ainda são a falta de informação sobre a existência do método e o tabu de se tratar de uma terapia. Na rede particular, pode custar em torno de R$ 280,00 a R$ 400,00 por mês, com sessões semanais. Todos os centros de eqüoterapia, filiados a ANDE-BRASIL, reservam 20% de seus atendimentos para pessoas que não podem pagar. As informações sobre a disponibilidade dessas estão no site http://www.equoterapia.org.br/. É só conferir os centros e entrar em contato.


Fonte: Jornal da AME
Fonte de minha Pesquisa
http://autismoprojeto.blogspot.com/