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quinta-feira, 11 de março de 2010

O Insucesso escolar no aluno TDAH III


O insucesso escolar
As crianças com TDAH, em sua maioria, até sabem o que deveriam fazer, mas devido à inabilidade de controlarem-se, não agem como sabem que deveriam – agem antes de pensar! Vale dizer que elas sabem que deveriam prestar atenção na aula, mas não prestam, levantam-se apesar de saberem que não deveriam levantar.
O TDAH não afeta a inteligência da criança, mas a sua aprendizagem. Na maioria dos casos, as crianças e adolescentes tem uma boa ou até meso excelente condição de aprendizagem, fato que se dissocia das produções escolares que chegam a ser medíocres, em muitas situações.
Na escola, por exemplo, se é dado um exercício com uma seqüência de operações, muito possivelmente ela consiga fazer as duas primeiras e depois não veja as próximas, ou esqueça algum sinal. Na leitura de um enunciado, ao chegar ao final não lembra do que leu e afirma não ter entendido, ou ainda, esquece o que leu. Se for impulsiva, responde algo que lhe vem na mente naquele momento. Ao ler um livro, depois de ter lido umas dez páginas não sabe do que está tratando o livro. Em um teste escrito, poderá responder às questões da primeira página e entregar sem perceber que o teste continuava no verso da folha. Basta um cachorro latir lá fora para essa a criança ou adolescente perder a sua concentração. É o tipo de criança que, quando se dá conta, já fez o que prometeu não fazer, já perdeu a explicação que precisava tanto, já brigou, enfim...
Em casa necessitam de ajuda para fazer as lições, têm suas coisas em desordem, não sabem o que é para fazer ou estudar, esquecem a agenda na escola, levantam-se para pegar um copo de água e não voltam para suas tarefas...
Nesse cenário, o insucesso escolar fica vinculado à compreensão que se tem do papel da escola. Se entendermos que o papel da escola é construir conhecimento com “todos” os alunos, certamente os profissionais da escola procurarão formas de promover aprendizagens. A rigidez da escola pode gerar, além do fracasso escolar e do sentimento de incapacidade, uma situação emocional desfavorável à aprendizagem, gerando baixa auto-estima e desestimulando e dificultando, ainda mais, a aprendizagem da criança ou do adolescente. Não é raro um aprendiz apresentar-se dizendo: “Sou burro para os estudos.”Igualmente importante e, talvez até mais determinante, é a rigidez da família ao não aceitar seu filho como ele é e entender que cada um de nós tem suas dificuldades e pontos a serem superados. Respeitar e apoiar o aprendiz em seus propósitos de desenvolver-se é fundamental no caso das crianças hiperativas.

Como intervir?
Não basta termos um diagnóstico adequado e nem a escola propor-se a adequar estratégias metodológicas para que a criança ou o adolescente consigam aprender e se instrumentalizar academicamente.
É importante reunir, para conversarem, os profissionais que atendem a criança, a família e os professores e coordenadores pedagógicos da escola que freqüenta, para que seja traçado, para cada caso, uma linha de ação em termos de responsabilidades da escola, da família e dos profissionais que lidam com a criança. O que deve permear essa reunião é a coerência entre as diferentes propostas e possibilidades concretas de se realizar o que se propõe.
A escola assume o papel pedagógico do processo, no entanto, respaldada pelos profissionais que atendem a criança e validado pelos pais. Os pais montam estratégias domésticas, orientados pelos profissionais e validados pelos professores da escola. E os profissionais traçam objetivos que atendam às demandas dos pais e dos professores. Todos devem se reunir sistematicamente para avaliar a evolução e reprogramar estratégias.
Para cada criança ou adolescente deve-se estabelecer uma estratégia diferente que esteja em consonância com os objetivos e queixas dos pais e professores. Para cada escola um tipo de atendimento e de trocas. Com isso queremos dizer que não existe receita e nem uma proposta de “comece por aqui”, mas uma forma de entender e atender a cada uma das crianças, individualmente.
Entendemos como o mais importante, a disposição dos pais em modificar comportamentos e hábitos, ou seja, sair da queixa, entendendo que todos devem mudar juntos para continuarem sendo família. Também é primordial a escola abrir-se para esse “multidiálogo” até conseguir acertar uma forma de atingir a criança e motivá-la a trabalhar. Certamente que não se acerta de primeira, que é preciso persistir, conversar, tentar novamente, reavaliar e continuar estudando.
Entendemos que o grande objetivo da escola e da educação é construir sujeitos aprendizes, autores de sua vida e resilientes para promoverem aprendizagens e enfrentarem suas dificuldades.
Temos de nos reunir, em posturas de parceria de modo que todos se voltem ao ajustamento de procedimentos que viabilizem o desempenho acadêmico e social das crianças que apresentem dificuldades com sua aprendizagem. Entendo que uma família ou uma escola que tem uma criança ou adolescente com TDAH não tem um problema, mas uma situação para administrar. Porém, se não for encarada com seriedade, competência e sensibilidade, aí sim, pode vir a tornar-se um transtorno em suas vidas.

Urge passar à ação, assumindo a idéia de que o desenvolvimento de capacidades de desenvolvimento no sentido de tornar as pessoas e as organizações mais resilientes é uma prioridade na formação do novo cidadão. Mais é um imperativo social e comunitário não só a nível local, mas também regional e global, planetário. O mundo está a ficar demasiado rígido e intolerante, autoritário, ditaturial, para defender os interesses egoístas de um número cada vez mais reduzidos de privilegiados face à grande maioria dos que vivem com dificuldades, desprotegidos, e, até, em extrema pobreza, miséria e outras formas de exclusão.
(Tavares, 2001, p.63)

É nesse quadro que proponho a avaliação psicopedagógica e o planejamento de uma intervenção multidisciplinar, pautada no compromisso de promover desenvolvimento, auto-estima e condições de maturidade emocional para resolver problemas e amadurecer o ser cognoscente.


Pesquisas do texto
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TDAH E O INSUCESSO NA ESCOLA II




O diagnóstico: como avaliar?
Para se chegar a um diagnóstico satisfatório, é necessário que a criança apresente pelo menos seis dos sintomas acima relacionados, em ambientes diferentes como casa, escola, clube, casa de parentes, etc., e que os sintomas tenham aparecido antes dos sete anos de idade.
O encaminhamento para um neuropediatra é imprescindível para isolar outras possibilidades diagnósticas como depressão, ansiedade, conduta destrutiva, e outros diagnósticos. Paralelamente ao exame médico, busca-se entender as queixas da família e as queixas da escola. Algumas crianças já têm atendimento psicológico, outras necessitarão desse atendimento.
Precisamos tipificar a dinâmica familiar da criança: a qualidade das relações parentais e filiais, o exercício da autoridade, a divisão de tarefas domésticas, a circulação do conhecimento, o lugar de cada um na família, assim como é imprescindível conhecer o seu contexto educacional: o colégio e a metodologia adotada por ele, as exigências acadêmicas, o tipo de atividades propostas pelos professores, como trabalham os conteúdos, o tempo destinado a cada aula, como lidam com a indisciplina e o tipo de avaliação de desempenho escolar.
Como o TDAH é considerado um distúrbio biopsicossocial que atinge de 3% a 5% as crianças em idade escolar, e preferencialmente meninos, o seu conhecimento e a existência de um plano estratégico construído para cada criança é diferencial determinante no tratamento. Muitas famílias acreditam que, com a maturidade, o déficit desapareça e optam por aguardar “que essa fase passe”. No entanto, o mais comum é persistir a dúvida, apesar do diagnóstico quanto à forma mais eficaz de trabalhar com a criança, ou até mesmo, duvidar da veracidade das informações e dos sintomas listados, “Se estivesse interessado, lembraria....” ou ainda, “Isso para mim é pura irresponsabilidade...”
O diagnóstico é clínico e não existem exames laboratoriais para detectar o déficit, portanto, é importantíssimo um conjunto de observadores atentos e criteriosos voltados ao objetivo de avaliar cada criança em suas especificidades.
É ponto de concordância que avaliar é necessário para que possamos entender e atender com competência a criança com TDAH, no entanto, não é raro a escola ou a família receber o diagnóstico e não saber o que fazer com ele. Não basta termos o diagnóstico em mãos, é necessário avaliarmos a situação sob o ponto de vista biológico, social e acadêmico. É importante destacar que a TDAH tende a perdurar ao longo da vida, ou seja, ela pode ser controlada, mas os adolescentes e adultos também sofrem as suas manifestações, principalmente se não forem tratadas.
No diagnóstico clínico, o neuropediatra dará as informações da situação orgânica da criança, mas geralmente a queixa aparece por uma necessidade escolar ou de relacionamento.
Nessa perspectiva, a avaliação visa reorganizar a vida escolar e doméstica da criança e do adolescente e, somente neste foco ela deve ser encaminhada. Vale dizer que fica vazio o pedido de avaliação apenas para justificar um processo que está descomprometido com o aluno e com sua aprendizagem. “De fato, se pensarmos em termos bem objetivos, a avaliação nada mais é do que localizar necessidades e se comprometer com sua superação” (VASCONCELOS, 2002, p 83 ).
Devemos ter muito cuidado ao avaliarmos uma criança, pois a hiperatividade está “em moda”. Todas as crianças agitadas são chamadas de hiperativas, o que, na grande maioria das vezes, não é verdade. A falta de limites e da presença de pais e professores educadores e disciplinadores pode vir a confundir e a rotular, inadequadamente, crianças e adolescentes que, de fato, não precisam de medicamentos, mas da presença de adultos comprometidos com sua formação e desenvolvimento.

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TDAH E O INSUCESSO NA ESCOLA!


Entre o ensinante e o aprendente abre-se um campo de diferenças onde se situa o prazer de aprender. O ensinante entrega algo, mas para poder apropriar-se daquilo o aprendente necessita inventá-lo de novo. É uma experiência de alegria, que facilita ou perturba, conforme se posiciona o ensinante. Ensinantes são os pais, os irmãos, os tios, os avós e demais integrantes da família, como também os professores e os companheiros na escola.
É importante analisar, para tanto, do que a família exatamente se queixa quando procura um psicopedagogo. Ela pode vir ao consultório porque está exausta e precisa de ajuda, ou porque a escola pediu uma avaliação, ou ainda, porque a psicóloga quer uma visão psicopedagógica para traçar uma estratégia de abordagem junto à escola, ou ainda porque o neurologista mandou. Para cada demanda, lê-se uma necessidade diferente e uma possibilidade de envolvimento mais ou menos comprometida com a criança e seu desenvolvimento. É diferente se a queixa se concentra na preocupação dos pais com o futuro de seus filhos, ou se a queixa tem por interesse o bom andamento das avaliações escolares.
Posto dessa forma interessa-nos não apenas se a criança sofre de um transtorno, um déficit ou uma síndrome, mas também quem são os ensinantes dessa criança. Esse dado será fundamental para traçarmos um plano de ação que se estenda à família, à escola e aos outros profissionais que podem estar envolvidos no processo.

Os pontos em comum
Tem sido muito comum nos consultórios de psicopedagogia a queixa de pais que verdadeiramente desabam, denunciando estarem exaustos com a rotina estressante que seus filhos lhes impõem. Discorrem as várias estratégias já tentadas com o objetivo de atendê-los em suas necessidades e agitação, todas elas, na maioria das vezes, ineficazes. Os pais compreendem o que acontece com seus filhos e ficam perplexos diante do tumultuo que causam em suas famílias. À medida que se estabelece a anamnese, é comum os pais se referirem ao transtorno do Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH).No entanto, junto com a demonstração de conhecimento do fato, aparece o discurso de que seus filhos são inteligentes, que quando lhes interessa prestam atenção, que eles aprendem só o que não é para aprender, que eles esquecem as matérias da escola, mas lembram com detalhes das regras de um game. Enfim, evidencia-se a dúvida em relação ao transtorno por entenderem que, se tivessem o transtorno (TDAH) teriam de ser menos inteligentes e menos competentes de forma geral.
O mesmo acontece com os professores. Quando procurados para saber o motivo pelo qual encaminharam ou deram apoio para a procura de um diagnóstico psicopedagógico de determinado aluno, é comum revelarem que ficam na dúvida entre um transtorno de Déficit de Atenção e o perfil de preguiçoso. Muitos professores entendem o comportamento de uma criança agitada e dispersa como falta de vontade para estudar, para fazer as lições, terminar uma prova, etc. Quando tentamos tipificar o comportamento, os professores afirmam que quando eles desejam, fazem; que eles não param quietos, no entanto ficam horas e horas na frente do computador ou tocando um instrumento, não decoram a tabuada, mas sabem cantar uma música inteira. Alguns professores reclamam que esses alunos são terríveis, não param quietos e não respeitam regras e contratos disciplinares, porém sabem todas as regras do futebol. Percebem que a criança é inteligente para algumas coisas e muito ágil mentalmente para tudo que lhes interessa, menos para os estudos.
Ouvindo tanto os pais quanto os profissionais da escola o que se percebe é o cansaço que essas crianças causam em seus pais e professores e a dúvida de como eles, sendo tão ágeis e inteligentes, não conseguem prestar atenção e desenvolver, com sucesso, atividades corriqueiras do dia-a-dia, que são propostas tanto pela família quanto pela escola, tais como arrumar o quarto, fazer as lições escolares, obedecer a regras combinadas, dentre outras. A incapacidade de prestar atenção ou de ficar quieto leva os adultos que convivem com essas crianças a considerá-las malandras e, freqüentemente, são rotuladas de irresponsáveis, malcriadas, endiabradas, avoadas, surdas e até mesmo, pouco inteligentes. O rol costuma ser de adjetivos pejorativos e, como resultado, os pais e educadores vivem conflitos entre sentirem-se impotentes diante da criança e a vontade de ajudá-los. Não percebem o esforço que essas crianças fazem para obter sucesso em suas tarefas e que se fazem coisas com aparente facilidade é porque estavam altamente estimulados para aquela investida.

O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade
Esse transtorno tem por característica essencial “um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade, mais freqüente e grave do que aquele tipicamente observado nos indivíduos em nível equivalente de desenvolvimento”. (Manual de Transtornos Mentais – DSM)
Quando a criança apresenta problemas de convívio social, de rendimento escolar, ou ambos, fica mais fácil identificá-los e encaminhá-la para atendimento. O diagnóstico é clínico e caracteriza-se por duas formas: predomínio do padrão hiperativo-impulsivo e tipo predominantemente desatento, embora possa haver o tipo combinado, que apresenta características dos dois grupos.
Para ser considerado portadora de TDAH é preciso que a criança apresente os sintomas há mais de seis meses e que eles apareçam em situações diversas.[1] A criança predominantemente hiperativa-impulsiva apresenta inquietação, não parando sentada ou quieta - não se mantém sentada por muito tempo, cai da cadeira, se mexe mais do que o necessário, anda mais do que o necessário, fala excessivamente, não consegue esperar que o outro termine o que está falando, tem muita dificuldade em permanecer em silêncio, responde a perguntas antes que elas sejam formuladas completamente, age como se fosse “movida a motor” e tem dificuldade para esperar sua vez.
A predominantemente desatenta tem dificuldade para prestar atenção, esquece coisas rotineiras ou deixa de fazer coisas importantes, parece não ouvir quando se fala com ela, tem dificuldade de organização e não enxerga detalhes. Freqüentemente perde objetos e não suporta atividades que requeiram esforço mental prolongado.
Ambas podem, ainda, apresentar dificuldade para terminar uma tarefa, para respeitar limites e regras, para dormir e para relacionar-se. Algumas crianças não suportam frustrações e, por conseqüência, frustram-se muito; outras não avaliam o perigo, não aprendem com os erros do passado e são difíceis de agradar. Há, também, as que são agressivas, inflexíveis e com percepção sensorial baixa. Muitas crianças têm dificuldades com a aprendizagem e com as tarefas escolares.

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terça-feira, 9 de março de 2010

Dez estratégias para melhorar a vida do seu filho com TDAH:


1- quando estabelecer regras, faça-as de modo simples e específico e escreva-as em post-its em locais de fácil visão para o seu filho.

2- recompensas objetivas e que façam sentido, geralmente funcionarão melhor para o seu filho – e elas não podem ser em excesso.

3- dê feedback com freqüência, para que eles saibam como estão indo.

4- ajude seu filho a mudar de modo suave e gradativo, planejando com antecedência as atividades que virão posteriormente.

5-mantenha o senso de humor e seja paciente: com humor, você terá condições de evitar conflitos.

6- fique atento a todas as oportunidades para elogiar e fazer reforços positivos sempre que seu filho fizer algo corretamente. Mas tenha cuidado para não exagerar por conta de pequenos acertos, pois ele vai perceber, não se iluda.

7- tenha sempre em mente que você está lidando com uma condição médica que seu filho tem e não uma falha de caráter.

8- nas horas de impor disciplina, não fale muito nem seja “mole” – responda com clareza e ação apropriada.

9- espere que seu filho tenha dias bons e dias ruins.

10- lembre-se que culpar o seu filho, ou você mesma ou seu marido não vai ajudar em nada. Todos vocês estão juntos, “no mesmo barco”, e fazendo o melhor que podem.

Fonte das Pesquisas
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segunda-feira, 8 de março de 2010

Gerência de Desempenho Escolar!


Os sintomas do TDAH podem se manifestar desde o berço com sono agitado, choro fácil, intensa atividade motora, excessiva irritação, porém, é na escola que alguns sintomas são evidenciados e podem levar pais e professores a considerá-los dentro do padrão de normalidade. Por volta dos seis e sete anos de idade, época de alfabetização, os sintomas se agravam em razão de atividades que exigem mais atenção por um período longo e einibição do comportamento inadequado.
A partir do segundo ano do ensino fundamental, o conteúdo programático se faz mais aprofundado e passam a ser avaliados o desempenho em deveres de casa e provas que exigem domínio da memorização, flexibilidade em resolução de problemas e maior atenção a detalhes.
Antes de qualquer procedimento, pais e professores devem se informar sobre o transtorno, ter consciência dos próprios limites, buscar apoio mútuo e, principalmente, ouvir a criança, estabelecer empatia com ela, incentivar e valorizar seus talentos.
Crianças portadoras de TDAH têm problemas de criar motivação interna para permanecer em tarefas que consideram trabalhosas, demoradas e chatas. Pais e professores podem ajudá-las dando um empurrão na motivação externa. Assim, seguem algumas sugestões de Hallowell para o gerenciamento do desempenho escolar para ajudar a criança a:


(a) criar uma estrutura interna com auxílio de agendas, blocos de anotações, listas, lembretes, arquivos para marcar compromissos e prazos;
(b) organizar o ambiente de estudo para sentir-se organizado, evitando o acúmulo de papéis e materiais sobre a mesa, pois a sensação de organização externa ajuda a criar uma organização interna;
(c) prevenir frustrações lembrando que na vida há perdas e ganhos, acertos e erros;
(d) aceitar desafios com a condição de não ser excessivamente perfeccionista ou meticuloso, evitando que a criança abandone a tarefa iniciada;
(e) subdividir as tarefas grandes em menores, determinando prazos para realização de cada etapa. É comum a criança sentir medo e desânimo diante de uma tarefa grande ou com muitas etapas;
(f) priorizar e não acumular tarefas para não perder a noção de tempo. O adiamento é uma das marcas principais de pessoas com TDAH porque elas lidam mal com a administração do tempo e costumam perder os prazos;
(g) descobrir em que ambiente a criança funciona melhor e consegue manter um nível de atenção. Algumas crianças preferem fazer os deveres de casa na sala, ouvindo música porque assim conseguem abstrair os demais ruídos enquanto outras preferem o silèncio absoluto;
(h) não complicar nem acumular tarefas só para sentir-se estimulada. Iniciar nova taefa apenas quando tiver terminado as anteriores, porém, algumas crianças se saem melhor realizando duas tarefas ao mesmo tempo;
(i) descobrir o que a criança sabe fazer bem (pontos fortes), sem preconceitos;
(j) ensinar a separar um tempo para organizar os próprios pensamentos, pois transições são difíceis de serem aceitas e pequenos intervalos podem ajudar;
(K) aprender a elaborar roteiros de estudo e usar marca textos ou lápis coloridos na leitura para manter a atenção e destacar as informações mais importantes;
(l) estimular a prática de exercícios físicos, neste caso o professor é um excelente aliado.


A criança com TDAH é mais sensível a recompensa imediata e reforço positivo do que as demais crianças, portanto é recomensável incentivá-la e elogiá-la sempre que conseguir iniciar e terminar uma tarefa. Para tanto, valem recompensas como tempo extra de brincadeira ou de TV, um passeio, um presente, pontos para um benefício posterior, tempo extra com os pais etc.
A prática de atendimento dessas crianças mostra que o encaminhamento clínico leva pais e escola a acreditar erroneamente que o TDAH por si só justifica os problemas familiares, sociais e de desempenho escolar, culpando a criança pelo fracasso. No entanto, a abertura para discutir e modificar os hábitos familiares e escolares indica que as dificuldades não estão verdadeiramente na criança. A partir da disponibilidade de mudar em favor do desenvolvimento global da criança, devemos ajudá-la a entender suas dificuldades para que se sinta mais confortável com a própria diferença, aceitando e colaborando com a necessidade de modificar sua atuação.


REFERÊNCIAS:
BARKLEY, Russel. Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade. Porto Alegre: Artmed, 2000.
HALLOWELL, Edward M. Tendência à distração: identificação e gerência do distúrbio do déficit de atenção da infância à vida adulta. Porto Alegre: Artmed, 1999.



Fonte do texto do Blog citado abaixo.
http://tdahfono.blogspot.com/