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domingo, 11 de abril de 2010

Inclusão&Integraçao.


No século XX, na década de 60, houve marcante interação da sociedade com a pessoa com necessidades educacionais especiais. O conceito de integração referia-se à necessidade de modificar a pessoa com necessidades educacionais especiais, de maneira que esta pudesse vir a se identificar, com os demais cidadãos, para então poder ser inserida na convivência igualitária em sociedade. Com o conceito de integração, o integrar constituía localizar no sujeito o foco da mudança, e as reais dificuldades encontradas no processo de busca de “normalização” da pessoa com deficiência. Isso era um conceito que não considerava que as diferenças, na realidade, não se aniquilam, mas devem ser administradas no convívio social. Como se ao ser diferente fosse razão para determinar sua inferioridade enquanto ser humano e ser social.
Temos como pressuposto que a inclusão está estritamente vinculada à integração, e que esta favorece o convívio da pessoa com necessidades especiais com seus pares não deficientes nos diversos segmentos de sua comunidade. É preciso fazer valer seus direitos e a efetivação de práticas que contribuam e possibilitem a sua participação no ambiente de sua cultura.
A Inclusão escolar é um tema complexo, gerador de discussões, pois é preciso:
- Repensar o sentido que se atribui à educação, actualizar concepções já conhecidas e dignificar o processo de construção de todo o indivíduo.
- A Inclusão pode ser vista como positiva ao reconsiderar os aspectos das relações sociais e negativa ao pensar no ponto de vista da integração.
- A Inclusão compreende um valor constitucional que deve concretizar a aceitação da diferença humana e respeitar a diversidade cultural e social.
- È importante o contacto com outras pessoas, para o aluno com NEE para se aperceber da sua identidade e individualidade em contexto social.
- A Inclusão é muito mais que um conceito a ser posto em prática, é algo que deve ser introduzido numa consciencialização social para que se obtenha êxito.
O Aluno com NEE deve ter acesso à Educação, sua formação sendo adaptada às suas necessidades específicas.
A noção de inclusão não é incompatível com a de integração, institui a inserção de uma forma completa e sistemática. O conceito refere-se à vida social e educativa e todos os alunos devem ser incluídos nas escolas regulares. A meta primordial da inclusão é não deixar ninguém fora do ensino regular desde o começo.
As escolas inclusivas propõem um modo de se constituir o sistema educacional que considera a necessidade de todos os alunos e é estruturado em função dessas necessidades.
O espaço escolar é um espaço privilegiado pela interação entre alunos, proporciona a oportunidade de estar interagindo, convivendo nesse espaço social, diverso, rico e estimulante será o mínimo que se pode alcançar, sem contar com a realização profissional que será saber que contribuímos para o desenvolvimento de uma pedagogia que visa a interação do aluno com NEE com o meio social. É necessário acreditar que a inclusão é possível, acreditar que o aluno tem potencial para ser desenvolvido, desde que seja respeitada a diversidade e a individualidade de cada um.
A escola inclusiva é aquele onde o modelo educativo pretende, em primeiro lugar desenvolver uma pedagogia centrada na criança, capaz de educar a todos, sem discriminação, respeitando as suas diferenças, a escola deve dar respostas adequadas às características e necessidades do aluno, solicitando apoio de instituições e especialistas quando isso for necessário.
A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apóia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral. O impacto desta concepção é considerável, porque ela supõe a abolição completa dos serviços segregados (Doré et alii. 1996). A metáfora da inclusão é a do caleidoscópio. Esta imagem foi muito bem descrita no que segue: "O caleidoscópio precisa de todos os pedaços que o compõem. Quando se retira pedaços dele, o desenho se torna menos complexo, menos rico. As crianças se desenvolvem, aprendem e evoluem melhor em um ambiente rico e variado" (Forest et Lusthaus, 1987 : 6).
A escola inclusiva é aquela onde o modelo educativo pretende, em primeiro lugar, estabelecer ligações cognitivas entre os alunos e o currículo, para que adquiram e desenvolvam estratégias que lhes permitam resolver problemas da vida quotidiana e que lhes preparem para aproveitar as oportunidades que a vida lhes ofereça. Às vezes, essas oportunidades lhes serão dadas, mas, na maioria das vezes, terão que ser construídas e, nessa construção, as pessoas com deficiência têm que participar ativamente.
A diversidade vai nos permitir construir uma escola de qualidade, uma didática de qualidade e profissionais de qualidade. Todos terão de aprender a "ensinar a aprender". A cultura da diversidade é um processo de aprendizagem permanente, onde TODOS devemos aprender a compartilhar novos significados e novos comportamentos de relações entre as pessoas. A cultura da diversidade é uma nova maneira de educar.
Diante de tais considerações, podemos entender que o princípio de normalização diz respeito a um encaminhamento seletivo do aluno com necessidades especiais na sala do ensino regular. Em conseqüência desse processo, o professor da sala de ensino regular não recebe apoio pedagógico do professor da área de educação especial, e o aluno, por sua vez, deverá demonstrar que é capaz de freqüentar a classe de ensino regular.
O trabalho de integração começado nos anos sessenta e a reflexão sobre o mesmo contribuiu para aprender que é possível ensinar não só grupos homogêneos como heterogêneos, no mesmo espaço e ao mesmo tempo, o que pode resultar num desenvolvimento mais equilibrado dos respectivos grupos.
A integração foi um grande passo no sentido da escolarização, da socialização, da ação de dignificar as pessoas em situação de deficiência, no espaço que é de todos e para todos.
Falvey (1990) define a integração como um processo natural, mas as práticas segregativas já incorporadas pela sociedade funcionam como impedimentos da interação do diferente à sociedade.
Hoje se colocam novos e grandes desafios a todos os que vivem e trabalham em educação: uma Educação Inclusiva e de sucesso para todos os alunos, incluindo todos os excluídos e não só os que se encontram em situação de deficiência.
É na segunda metade dos anos noventa que se vai iniciar outro paradigma de escola e de educação: A escola inclusiva e educação inclusiva, com o apoio do professor de apoio educativo.
Hoje se pretende que a aprendizagem se faça com ajuda do professor, mas também no grupo dos pares, no contexto ao qual pertence cada um dos indivíduos a educar, valorizando saberes e experiências de todos, com o seu nível de funcionalidade (Vigotsky, 1985) numa perspectiva ecológica de desenvolvimento.

Autoria: António José Martins (Professor)
http://edif.blogs.sapo.pt/

Postado pelo professor Sérgio Castro em seu blog: "Educação Física Adaptada"
Retirado do blog abaixo
http://anjoseguerreiros.blogspot.com/