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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Bullying - Mães eduquemos e protejamos nossos filhos!



Bullying - Mães eduquemos e protejamos nossos filhos!

Bullying] é um termo em inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully - «tiranete» ou «valentão») ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.
(wikipedia)


Pois é... Nos últimos tempos o bullying tem sido assunto extremamente discutido no meio escolar.
Quantos de nós já viveu isso na infância sem saber exatamente que nome dar a esta crueldade?
Muitos carregam as sequelas destas brincadeiras infelizes, se é que podemos chamar de brincadeira este tipo de agressão covarde. Só agora, muitos anos depois, encontramos um nome para esta violência absurda.
Devemos nos preocupar, porque o que para nossas crianças pode parecer uma brincadeira, na verdade causa um impacto fenomenal na saúde emocional e psicológica de quem sofre o bullying.
Mães, é nosso papel educar nossos filhos para que eles não cresçam achando normal este tipo de atitude entre tantas outras desprezíveis.
Eu vivi o bullying. Sempre fui muito tímida, falava pouco; não era feia, mas era igênua para minha idade na época.
E sofri.
Hoje, eu entendo quando psiquiatras e neuros se mostram favorável à utilização da Ritalina mesmo fora da escola para crianças com TDAH. Embora eu relute muito, sou obrigada a concordar com o discurso de que a criança não aprende só na escola, mas também no seu dia-a-dia. A criança se desenvolve emocional e psicologicamente o tempo todo. No convivio em casa, com os colegas(quando os tem), na escola, num parque, durante brincadeiras. São momentos de crescimento e amadurecimento.A percepção os deixa mais alertas para situações mais sutis, onde a percepção deve ser mais aguçada.
Eu não posso falar por todas as crianças portadoras de TDAH; só posso utilizar minha experiência e que tem me mostrado que boa parte destas crianças, são muitas vezes um tanto ingênuas para sua idade.
Meu filho sempre foi assim; não tinha a malícia dos meninos de 10/11 anos. Nem a mesma linguagem(não falava palavrão, gírias), nem o mesmo gingado. Não sei bem como explicar.
A sociabilidade dele nunca foi boa. Era sempre discriminado pelos meninos da turma; jogavam a lancheira dele no banheiro, faziam brincadeiras cruéis, apelidavam e por fim botavam o pé na frente dele para que ele caisse da escada no intervalo do lanche.
Pra piorar ele tinha uma falha grande entre os dois dentes da frente, ocasionada pela extração de dois dentes a mais que não deveriam estar naquele espaço.
É incrível o que uma criança pode sofrer no meio de outras.
Embora eu sinalizasse para escola e eles até tentassem melhorar esta questão, a melhora era questão de tempo. Durava uma semana e começava tudo de novo.
Eu já disse em algumas postagens atrás que meu filho estava emocionalmente em frangalhos.
Quando cogitamos a idéia de mudar de escola, meu filho se desesperava. Hoje, eu sei que o que ele temia, era passar por tudo que ele já vivia na escola, só que com pessoas novas em lugar novo; ou seja a mesma hostilidade num lugar onde ele não sabia onde pisava.
É... o ser humano também tem a incrível capacidade de se adaptar às coisas ruins. Questão de sobrevivência!
Mas meu coração ficou completamente aliviado, quando meu filho, depois de uns 2 meses na nova escola, me disse:
__ Mãe, se eu soubesse que ia ser tão bom, eu tinha pedido pra você me trocar de escola a muito tempo.
E a confirmação de que as coisas iam bem, veio depois de mais alguns meses.
Um dia, organizando o armário dele, retirei todos os uniformes da escola antiga(sim porque eu havia guardado, para o caso dele não se adaptar e termos que voltar) e ele olhando eu tirar tudo aquilo, me disse:
__ Mãe, joga tudo isso fora...Esses uniformes só me trazem lembranças ruins.
E embora eu já soubesse disso, só naquele momento, eu percebia com toda clareza, o quão intenso e significativo tinha sido todo aquele mal estar e sofrimento para o Gabriel. Droga! Eu havia demorado demais para tomar uma decisão. Às vezes, eu mesma me perguntava, porquê eu não havia feito isso a mais tempo e livrado meu filho daquele pesadelo?
A única coisa que sei, é que eu, mãe, na tentativa de ajustar meu filho ao ambiente ou ainda, o ambiente à ele, fiquei ali tentando acertar. Mas que mãe não tenta tudo? E muitas vezes, nos vemos sem saída, sem solução. Eu demorei, mas mudei tudo. Casa, escola, tudo. Acho até que foi uma das minhas melhores decisões de mãe.
É claro, que para isso, contei com apoio do meu marido e das minhas duas princesas que também tiveram que mudar de escola. A pequena chorou uma vida, porque havia deixado para trás as amigas, a escola, a casa.
Eu encontrava bilhetinhos escondidos no armário dela; desabafos; "Nunca pensei que ia chegar o dia em que eu teria que deixar minha escola, minhas amigas e minha casa. Uma casa nova, num lugar que eu não conheço...etc...etc...."
Fala a verdade!!! Não é fácil! Porque se por um lado eu achava que beneficiava um filho, fazia sofrer outro. Mas botando tudo na balança, mesmo com alguns sofrimentos, o benefício para toda a família seria melhor.
Tudo isso, me fez adiadar uma decisão tão importante.... Tudo isso e mais uma coisa.... Na minha infância, eu não tive opção. Eu tive que me adequar e pronto e achava que o mundo é assim mesmo.
Mas tem uma coisa que eu aprendi: Ninguém precisa carregar para o resto de sua vida adulta, o trauma de uma infância emocionalmente abalada. Se dá para tratar, tratemos agora. E não adianta achar que tentar melhorar isso, é passar a mão na cabeça do seu filho. Definitivamente, não é. Só você conhece bem seu filho para saber o quanto um comportamento exterior e violento pode estar impactando na saúde mental dele.
Vejam, eu vivenciei outro episódio de bullying.
Algumas vezes, minha filha mais velha comentava que havia na sala dela uma menina que de certa forma servia de chacota por ser uma menina mais peluda, mais baixinha, e que transpirava muito.
Em outro dia, ela comentou que depois da educação física, ninguém queria sentar perta da menina porque ela transpirava muito.
Eu já estava incomodada com aquela história, quando num determinado dia, ela chegou da escola contando, que os meninos tiravam fota dessa menina no celular e ficavam em turmas tirando sarro, fazendo comentários e dizendo que era a menina mais feia da escola. Achei que a situação já estava ficando fora de controle e senti que eu devia fazer algo em relação a isso. Primeiro conversei com a minha filha para mostrar que havia uma série de motivos pelo qual aquela menina estava naquele estado. Poderia ser problema hormonal, falta de orientação em casa, etc... e falamos do quanto ela devia estar sofrendo com isso.
Marquei um horário com orientadora da escola e fui conversar.Expliquei o que estava acontecendo.
É mães... mesmo estando muitas horas na escola, muitas coisas que acontecem, passam despercebidas pelos responsáveis; Não digo que por incompetência, mas por atribuições da própria atividade escolar.
De fato, a orientadora não sabia de nada e os professores não haviam percebido e esta criança com certeza, não disse nada aos pais sobre as gozações e humilhações que sofria na escola.
Depois disso, a mãe da criança foi chamada para uma conversa e a Rafa que me contou que alguns dias depois a colega de sala, estava totalmente mudada. Perfumada e com as pernas depiladas.
E aí eu digo: Nesses pequenos acontecimentos, temos a grande oportunidade de ensinar aos nossos filhos a terem respeito e compaixão pelos outros. Sim, porque compaixão não é sinal de fraqueza, mas sim de grandeza.
É claro que nossos filhos são como tantas outras crianças.Às vezes malcriadinhos, às vezes resmungões, muitos vezes maravilhosos, mas acima de tudo, são terra fértil, prontos para receber a boa ou a má semente.
Por isso, plantemos boas sementes e não nos esqueçamos de que eles também são o espelho de nós mesmos.
Ensinemos nossos filhos a respeitar as diferenças, sejam elas sociais, religiosas, raciais e por aí vai.
É o respeito ao próximo que nos matém dignos de uma convivência pacífica e harmoniosa.
Se agirmos bem agora, nossos filhos farão parte de um mundo melhor no futuro.
abcs,


fonte do texto com Imagem
http://eleanoramac.blogspot.com/