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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Dificuldade para Aprender e Distúrbio de Aprendizagem


Dificuldade para Aprender e Distúrbio de Aprendizagem
"(Texto de minha autoria:Bruna Alves), publicado na Revista Expressão Regional, Edição de Setembro, na coluna "Guia Profissional"
Com a proximidade do final do ano letivo, acontece o xeque-mate para muitos pais: “Seu filho não consegue acompanhar os conteúdos!”. Antes de se desesperar e pensar que tudo está perdido, é preciso analisar com atenção os muitos fatores que podem influenciar nessa situação de não aprendizagem e, assim, saber qual o melhor caminho para ajudar seu filho. Em primeiro lugar, deve-se observar qual a causa desse problema. Existem situações que são as dificuldades de aprendizagem, ou seja, quando a criança não apresenta fatores cognitivos que justifiquem o não aprender. Nesses casos, todas as habilidades necessárias para a aprendizagem estão preservadas, mas, mesmo assim, a criança não está conseguindo assimilar o conteúdo proposto. Os fatores que podem acarretar nas dificuldades de aprendizagem são vários: existem algumas séries em que ocorrem mudanças nos conteúdos nas quais é comum que alunos que se destacaram nos anos anteriores apresentem quedas no rendimento; fatores emocionais e dificuldades em se adequar à metodologia proposta pela escola. Nesses casos, as crianças devem ser acompanhadas para que não ocorra queda na autoestima e nem defasagem de conteúdo. Contudo, através do auxílio dos pais, da orientação da escola e, às vezes, do acompanhamento individualizado de professores e profissionais específicos, as crianças tendem a superar as dificuldades encontradas sem maiores problemas. Noutra ponta, existem crianças que estendem essas dificuldades por um período maior ao que, geralmente, é esperado, sendo necessária uma avaliação mais específica, com profissionais habilitados a diagnosticar se as dificuldades que a criança está apresentando são relativas a distúrbios de aprendizagem, ou seja, ao cognitivo da criança. Para a criança, é um prazer imenso saber que é capaz de aprender e realizar as atividades conforme os professores e os pais esperam. A expectativa dos pais, em situações onde a criança está apresentando dificuldades para aprender, deve ser controlada e substituída por apoio e orientação, para que ela não se sinta incapaz de atender ao que os pais esperam dela. Da mesma forma, fingir que está tudo bem pode levar a criança a entender que os estudos não são importantes e desestimulá-la na busca de superar suas dificuldades. É importante que ela sinta-se amparada pelos pais e acolhida pela escola, tendo assim, segurança para enfrentar os obstáculos que possam surgir.

domingo, 9 de outubro de 2011

O TDAH na Escola


O TDAH na Escola (Matando um leão a cada dia)

Segundo Russel A. Barkley as crianças com TDAH tem grandes dificuldades de ajustamento diante das demandas da escola.Um terço ou mais de todas as crianças portadoras de TDAH ficarão para trás na escola, no mínimo uma série, durante sua carreira escolar,e até 35% nunca completará o ensino médio. As notas e pontos acadêmicos conseguidos estão significativamente abaixo das notas e pontos de seus colegas de classe. Entre 40% a 50% dessas crianças acabarão por receber algum grau de serviços formais através de programas de educação especial, como salas com recursos, e até 10% poderá passar todo o seu dia escolar nesses programas. Complicando esse quadro, existe o fato de que mais da metade de todas as crianças com TDAH também apresentam sérios problemas de comportamento opositivo. Isto ajuda a explicar porque entre 15 a 25% dessas crianças serão suspensas ou até expulsas da escola devido a problemas de conduta.

É de extrema importância que alunos com TDAH sejam motivados. Em nossa prática no dia a dia, orientando professores de crianças portadoras de TDAH, freqüentemente encontramos crianças com dificuldades seríssimas em termos de relacionamento, comportamento e também de aprendizagem, conseguirem uma melhora significativa quando mudam de professor. “A criança com TDAH tem que engolir o professor junto com a matéria”. Sua inconstância de atenção e naão déficit de atenção, fazem com que elas sejam capazes de uma hiper concentração quando houver motivação.

Aí vem a grande dificuldade, professores, diretores, e toda uma equipe de apoio, sem o devido conhecimento sobre o TDAH, classes cheias de crianças com TDAH, com os professores sem saber o que fazer nem como lidar com elas, professores desmotivados,mal pagos, com seu 13º salário na Suíça, salas de aula super lotadas, vamos encontrar turmas e mais turmas de “alunos especiais”, que não conseguem nem ao menos serem alfabetizados, que inevitavelmente ao faltar estrutura familiar que possa funcionar como seus “freios inibitórios”, vão evoluir para evasão escolar, droga e delinqüência. Temos constantemente orientado as escolas para selecionarem (pelo menos de 1ª a 4ª série) professores que tenham perfil para lidarem com crianças portadoras de TDAH, que sejam democráticos, solícitos, amigos, compreensivos e empáticos e não desorganizados, hiperativos e impulsivos como ela. Crianças com TDAH não tem que estar em turmas separadas, elas não tem problemas cognitivos, aprendem muito bem quando tratados adequadamente por uma equipe interdisciplinar.

Temos que aprender a lidar com estas crianças, conhecer suas limitações, respeita-la e com criatividade descobrir como ela aprende melhor, e uma boa maneira de se fazer isto é perguntando a ela. Como você acha que aprende melhor?

A criança portadora de TDAH do tipo predominantemente desatenta, é uma criança dócil, fácil de lidar, porém com dificuldade de aprendizagem desde o início de sua vida escolar, lenta ao copiar do quadro, lenta para fazer o dever de casa, necessidade de acompanhamento dos pais ou orientadores a vida toda; isto contribuirá para que tenha uma baixa auto-estima, podendo futuramente desenvolver comorbidades como por exemplo: Ansiedade generalizada e depressão entre outros.

A tendência de pais , professores e diretores de escola é entender o comportamento destas crianças como desobedientes e desinteressadas e insistirem a valorizar as melhores cabeças, valorizando no trabalho escolar apenas a transmissão do conhecimento e a produção do trabalho escrito, valorizando mais a quantidade em detrimento da qualidade.

Em casa não é muito diferente, pais desesperados que já visitaram muitos médicos,psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos etc, a procura de um tratamento adequado, um caminho muitas vezes tortuoso e conflituoso, num processo que pode levar meses e até anos.

Outro dado importante a ser considerado é que estudos apontam sobre a persistência do TDAH na adolescência e vida adulta.(Rohde, 1997; Nadeau,1996). Werder (1990) por meio de pesquisas mais sistemáticas e longitudinais, reconheceu o TDAH na vida adulta também. As pesquisas recentes indicam que cerca de 70% dos adolescentes que apresentavam o problema quando crianças mantém o diagnóstico aos 14 anos. E embora não se tenha dados exatos, sabe-se que parte destes 70% ainda apresentará o TDAH no final da adolescência e ainda manterá o diagnóstico na vida adulta.

O que parece acontecer na vida adulta, entretanto, é uma diminuição dos sintomas da hiperatividade,permanecendo os sintomas de desatenção e impulsividade.

É importante que o profissional de saúde mental possa apoiar o professor em sala de aula. É importante que professores tenham pelo menos uma noção básica sobre o tdah, sobre a manifestação dos sintomas, e as conseqüências em sala de aula. Saber diferenciar incapacidade de desobediência é fundamental.

Segundo Sam Goldstein e Michael Goldestein a criança hiperativa na escola é como “encaixar um prego redondo em um buraco quadrado”.

É uma grande dificuldade para a criança hiperativa quando ela entra no jardim de infância, e precisa agora aprender a lidar com as regras, a estrutura e os limites, e o seu temperamento simplesmente não se ajusta muito bem com as expectivas da escola.

Para ir bem nas provas, uma criança precisa não apenas exibir as aptidões que estão sendo avaliadas, mas também possuir a capacidade de ouvir e seguir instruções, prestar atenção e persistir até que a prova seja completa. A criança deve também ser capaz de parar para pensar qual seria, entre as várias opções a melhor resposta possível. Entretanto, as crianças hiperativas são fracos nessas áreas de aptidões e, portanto, as notas obtidas nas provas de inteligência muitas vezes refletem mais a sua hiperatividade que seu potencial intelectual. Algumas crianças hiperativas são muito brilhantes. A maioria está dentro dos limites médios e algumas, infelizmente, ficam abaixo da média em suas aptidões intelectuais.

Crianças hiperativas muito brilhantes freqüentemente conseguem ter uma boa atuação durante o curso elementar (1ªséries do 1º grau) e é possível que não sejam consideradas crianças com problemas. As maiores aptidões intelectuais da criança permitem que ela compense sua incapacidade de continuar numa tarefa. Ela pode não se dedicar durante muito tempo, mas o tempo gasto nas tarefas muitas vezes resulta num trabalho completo e freqüentemente correto. Pode parecer que esta criança não preste atenção, mas quando solicitada geralmente sabe a resposta. Lembre-se: Ser desatento não equivale ser incapaz de aprender. As crianças hiperativas, quando sua atenção é focalizada, são capazes de aprender tão bem quanto as outras.

Entretanto nos últimos anos do 1º grau mesmo os adolescentes hiperativos mais inteligentes não conseguem acompanhar consistentemente o crescimento das exigências e responsabilidades educacionais para ter sucesso. Freqüentemente é durante estes anos escolares que se reconhece que os adolescentes hiperativos inteligentes estão vivenciando este padrão de dificuldade de comportamento, o que interfere em seu desempenho escolar.

Um fator crucial para o sucesso do seu filho na escola é o professor e a capacidade que este professor tem para controlar a classe com eficiência.

Esteja seu filho recebendo ou não serviços de educação especial, acreditamos que você tem o direito de participar ativamente da seleção dos professores do seu filho. Apresentamos a seguir uma lista do que procurar no professor ideal e no ambiente de aula ideal para a criança hiperativa. Estas sugestões baseiam-se numa combinação de pesquisa científica, julgamento profissional e senso comum. Algumas destas questões podem ser abordadas em conversas diretas com os possíveis professores, outras, conversando- se com pais cujos filhos trabalharam com um determinado professor, outras ainda podem ser avaliadas observado-se a sala de aula. Esta lista também serve para projetar uma sala de aula para uma criança hiperativa.

- O professor sabe sobre hiperatividade em crianças e está disposto a reconhecer que este problema tem um impacto significativo sobre as crianças da classe.

- O professor parece entender a diferença entre problemas resultantes de incompetência e problemas resultantes de desobediência.

- O professor não emprega como primeira ação o reforço negativo ou a punição como meios para lidar com problemas e para motivar na sala de aula.

- A sala de aula é organizada.

- Existe um conjunto claro e consistente de regras na classe. Exige-se que todos alunos aprendam as regras.

- As regras da sala de aula estão num cartaz colocado na sala para que todos vejam.

- Existe uma rotina consistente e previsível na sala de aula.

- O professor exige e segue estritamente as exigências específicas referentes a comportamento e produtividade.

- O trabalho escolar fornecido é compatível com o nível de capacidade da criança.

- O professor está mais interessado no processo ( compeensão de um conceito) que no produto (conclusão de 50 problemas de subtração).

- A disposição da sala de aula é definida, com carteiras separadas colocadas em fileiras.

- O professor distribui pequenas recompensas sociais e materiais relevantes e freqüentes.

- O professor da classe é capaz de usar um programa modificado de custo resposta.

- O professor emprega punições leves acompanhadas de instruções para retornar ao trabalho quando a criança hiperativa interrompe o trabalho dos outras.

- O professor ignora o devaneio ou a desatenção em relação a lição que não perturbe as outras crianças e , então, uma atenção diferenciada quando ela volta ao trabalho.

- A menor razão aluno para professor possível (preferencialmente, um professor para oito alunos.

- O professor está disposto a alternar atividades de alto e baixo interesse durante todo o dia em lugar de fazer com que o aluno faça todo o trabalho de manhã com tarefas repetitivas uma após a outra.

- O professor está disposto a oferecer supervisão adicional durante o período de transição entre aulas, intervalos e durante outras atividades longas como reuniões.

- O professor é capaz de antecipar os problemas e fazer planejamentos de antemão para evitar problemas.

- O professor está disposto a auxiliar a criança hiperativa a aprender, praticar e manter aptidões organizacionais.

- O professor está disposto a aceitar a responsabilidade de verificar se a criança hiperativa aprende e usa um sistema eficaz para manter-se em dia com o dever de casa, e conferir se ela quando sai do prédio da escola, todos os dias, leva esse dever para casa.

- O professor aceita a responsabilidade de comunicar continuamente com os pais. Para alunos o curso elementar, um bilhete diário e enviado para casa. Para estudantes das últimas séries do 1º e 2º grau, usam-se notas de progresso semanal.

- O professor fornece instruções curtas diretamente à criança hiperativa e em nível que ela possa entender.

- O professor é capaz de manter um controle eficaz sobre toda a classe, bem como sobre a criança hiperativa.

- Preferencialmente a classe é fechada (quatro paredes ) nunca em ambiente aberto.

- O professor está disposto a desenvolver um sistema no qual as instruções são repetidas e oferecidas de várias maneiras.

- O professor está disposto a oferecer pistas para ajudar a criança hiperativa a voltar para o trabalho e a evitar que ela fique super excitada.

- O professor está disposto a permitir movimentos na sala de aula.

- O professor prepara todos os alunos para mudanças na rotina.

- O professor entende como e quando variar seu método.

- O professor é capaz de fazer um rodízio e uma alternância de estímulos e reconhece que aquilo pode ser recompensador para um aluno, pode não ser para outro.

- Todos os estudantes aprendem um modelo lógico de resolução de problemas para lidar com problemas na sala de aula e entre eles mesmos (por exemplo: parar, ver, ouvir).

- Um sistema de treinamento em atenção ou auto monitoramento é usado em sala de aula.

- O professor parece capaz de encontrar algo positivo, bom e valioso em toda criança. Este professor valoriza as crianças por aquilo que são, não por aquilo que conseguem produzir.

http://www.tdah.com.br/paginas/gaetah/Boletim10.html
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