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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade

 

    
O TDAH foi descrito pela primeira vez em um jornal médico (Lancet) foi feita por um pediatra, George Still, em 1902.
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O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma síndrome caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade causando prejuízos a si mesmo e aos outros em pelo menos dois contextos diferentes (geralmente em casa e na escola/trabalho).
 Entre 3% e 6% das crianças em fase escolar foram diagnosticadas com este transtorno. Entre 30 a 50% dos casos persistem até a idade adulta .
 Sua causa, o diagnóstico, sua utilização para justificar mal desempenho acadêmico e o grande número de tratamentos desnecessários com anfetaminas geram polêmica desde a década de 70 .
 Na Classificação Internacional de Doenças da OMS mais recente (CID-10) é classificado como um Transtorno Hipercinético.

Índice

Características


A impulsividade e inquietude aumentam as chances de acidentes, lesões, brigas e uso de drogas.
O transtorno se caracteriza por frequente comportamento de desatenção, inquietude e impulsividade, em pelo menos três contextos diferentes (casa, creche, escola, ...) O Dicionário de Saúde Mental atual (DSM IV) subdivide o TDAH em três tipos.
  • TDAH com predomínio de sintomas de desatenção;
  • TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade e;
  • TDAH combinado.
Em inglês, também é chamado de ADHD, as iniciais de Attention Deficit/Hyperactivity Disorder
Na década de 1980, a partir de novas investigações, passou-se a ressaltar aspectos cognitivos da definição de síndrome, principalmente o déficit de atenção e a impulsividade ou falta de controle, considerando-se, além disso, que a atividade motora excessiva é resultado do alcance reduzido da atenção da criança e da mudança contínua de objetivos e metas a que é submetida. É um transtorno reconhecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde), tendo inclusive em muitos países, lei de proteção, assistência e ajuda tanto aos que têm este transtorno ou distúrbios quanto aos seus familiares. Há muita controvérsia sobre o assunto. Há especialistas que defendem o uso de medicamentos e outros que acham que o indivíduo deve aprender a lidar com ele sem a utilização de medicamentos.
Segundo a OMS e a Associação Psiquiátrica Americana, o TDAH é um transtorno psiquiátrico que tem como características básicas a desatenção, a agitação (hiperatividade) e a impulsividade, podendo levar a dificuldades emocionais, de relacionamento, bem como a baixo desempenho escolar e outros problemas de saúde mental. Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento. Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança.
A criança com Déficit de Atenção muitas vezes se sente isolada e segregada dos colegas, mas não entende por que é tão diferente. Fica perturbada com suas próprias incapacidades. Sem conseguir concluir as tarefas normais de uma criança na escola, no playground ou em casa, a criança hiperativa pode sofrer de estresse, tristeza e baixa auto-estima.

Critérios Diagnósticos (CID-10 F90)

Para se diagnosticar um caso de TDAH é necessário que o indivíduo em questão apresente pelo menos seis dos sintomas de desatenção e/ou seis dos sintomas de hiperatividade; além disso os sintomas devem manifestar-se em pelo menos dois ambientes diferentes e por um período superior a seis meses.

Com predomínio de desatenção

Caso seis (ou mais) dos seguintes sintomas de desatenção persistiram por pelo menos 6 meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento[1]:
  1. Freqüentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras
  2. Com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas
  3. Com freqüência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra
  4. Com freqüência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais (não devido a comportamento de oposição ou incapacidade de compreender instruções)
  5. Com freqüência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades
  6. Com freqüência evita, antipatiza ou reluta a envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa)
  7. Com freqüência perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (por ex., brinquedos, tarefas escolares, lápis, livros ou outros materiais)
  8. É facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa
  9. Com freqüência apresenta esquecimento em atividades diárias

Com predomínio de Hiperatividade e Impulsividade

Caso seis (ou mais) dos seguintes sintomas de hiperatividade persistiram por pelo menos 6 meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento.
Hiperatividade
  1. Freqüentemente agita as mãos ou os pés
  2. Freqüentemente abandona sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado
  3. Freqüentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isto é inapropriado (em adolescentes e adultos, pode estar limitado a sensações subjetivas de inquietação)
  4. Com freqüência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer
  5. Está freqüentemente "a mil" ou muitas vezes age como se estivesse "a todo vapor"
  6. Freqüentemente fala em demasia
Impulsividade
  1. Freqüentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas
  2. Com freqüência tem dificuldade para aguardar sua vez
  3. Freqüentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por ex., intromete-se em conversas ou brincadeiras)

Critérios para ambos

Em ambos os casos esses critérios também devem estar presentes[1]:
Os sintomas de desatenção, hiperatividade ou impulsividade relacionados ao uso de medicamentos (como broncodilatadores, isoniazida e acatisia por neurolépticos) em crianças com menos de 7 anos de idade não devem ser diagnosticados como TDAH.[8]
Pessoas com TDAH tem problemas para fixar sua atenção em coisas por mais tempo do que outras, interessantemente, crianças com TDAH não tem problemas para filtrar informações. Elas parecem prestar atenção aos mesmos temas que as crianças que não apresentam o TDAH prestariam. Crianças com TDAH se sentem chateadas ou perdem o interesse por seu trabalho mais rapidamente que outras crianças, parecem atraídas pelos aspectos mais recompensadores, divertidos e reforçativos em qualquer situação, essas crianças também tendem a optar por fazer pequenos trabalhos no presente momento em troca de uma recompensa menor, embora mais imediata, ao invés de trabalhar mais por uma recompensa maior disponível apenas adiante. Na realidade, reduzir a estimulação torna ainda mais difícil para uma criança com TDAH manter a atenção. Apresentam também dificuldades em controlar impulsos. Os problemas de atenção e de controle de impulsos também se manifestam nos atalhos que essas crianças utilizam, em seu trabalho. Elas aplicam menor quantidade de esforços e despendem menor quantidade de tempo para realizar tarefas desagrádaveis e enfadonhas.

Os dois lados de uma síndrome

Diferenciais
  1. Têm muitos talentos criativos, que geralmente não aparecem até que o TDAH seja tratado.
  2. Demonstram ter pensamento original, "fora da caixa".
  3. Tendem a adotar um jeito diferente de encarar a própria vida. Costumam ser imprevisíveis na maneira como abordam diferentes assuntos.
  4. Persistência e resiliência são suas características marcantes - mas, cuidado, às vezes podem parecer cabeças-duras.
  5. São geralmente muito afetivos e de comportamento generoso.
  6. São altamente intuitivos.
  7. Com freqüência, demonstram ter uma inteligência acima da média.
Problemas
  1. Grande dificuldade para transformar suas grandes idéias em ação verdadeira.
  2. Problemas para se fazer entender ou explicar seus pontos de vista.
  3. Falta crônica de iniciativa.
  4. Humor volúvel, da raiva para a tristeza rapidamente.
  5. Pouca ou nenhuma tolerância à frustração.
  6. Problemas com organização e gerenciamento do tempo.
  7. Necessidade incessante de adrenalina. Inconscientemente, podem provocar conflitos apenas para satisfazer essa necessidade de estímulo.
  8. Tendência ao isolamento e à solidão.
  9. Raramente conseguem aprender com os próprios erros.

Causas


A imagem da direita ilustra áreas de atividade cerebral de uma pessoa sem TDAH e a imagem da esquerda de uma pessoa com TDAH.
Os principais fatores identificados como causa são uma suscetibilidade genética em interação direta com fatores ambientais. A herdabilidade estimada é bastante alta, pois 70% dos gêmeos idênticos de TDAH também possuem o mesmo diagnóstico. Quando um dos pais tem TDAH a chance dos filhos terem é o dobro, aumentando para oito vezes quando se trata de ambos pais.



Problemas na gravidez estão associados com maior incidência de casos mesmo quando desconsiderados outros fatores como psicopatologias dos pais.
Pesquisas também têm apresentado como possíveis causas de TDAH: problemas durante a gravidez ou no parto e exposição a determinadas substâncias (chumbo). Dentre as complicações associadas estão toxemia, eclâmpsia, pós-maturidade fetal, duração do parto, estresse fetal, baixo peso ao nascer, hemorragia pré-parto, consumo de tabaco e/ou álcool durante a gravidez e má saúde materna.
Outros fatores, como danos cerebrais perinatais no lobo frontal, podem afetar processos de atenção, motivação e planejamento, relacionando-se indiretamente com a doença.
Problemas familiares propiciam o aparecimento predisposto geneticamente, como uma família com muitos filhos, alto grau de brigas entre os pais, baixa instrução educacional, famílias com baixo nível sócio-econômico, criminalidade dos pais, colocação em lar adotivo ou/e pais com transtornos psiquiátricos .
 Tais problemas não originam tais distúrbios mas os amplificam na sua existência. Um dos possíveis motivos é que a negligencia dos pais leva as crianças a precisarem se comportar inadequadamente para conseguir atenção.
Pesquisas apontam para a influência de genes que codificam componentes dos sistemas dopaminérgico, noradrenérgico, adrenérgico e, mais recentemente, serotoninérgico como os principais responsáveis]
Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade nas interações, podem contribuir então para o aparecimento desses comportamentos agressivos ou de uma oposição desafiante nas crianças perante a sociedade. Problemas de ansiedade, baixa tolerância a frustração, depressão, abuso de substâncias e transtornos opositivos são comorbidades frequentes.

Fases da vida

História clássica de TDAH
FaseSintomas comuns
BebêBebê difícil, insaciável, irritado, de difícil consolo, maior prevalência de cólicas, dificuldade para alimentar e problemas de sono.
Pré-escolarMuito inquieto e agitado, dificuldades de ajustamento, desobediente, facilmente irritado e extremamente difícil de satisfazer.
Escola elementarIncapacidade de se concentrar, distrações muito frequentes, muito impulsivo, grandes variações de desempenho na escola, se envolve em brigas, presença ou não de hiperatividade.
AdolescênciaMuito inquieto, desempenho inconsistente, sem conseguir se focalizar, problemas para memorizar, abuso de substância, acidentes, impulsividade, muita dificuldade de pensar e se planejar a longo prazo.
AdultoMuito inquieto, comete muitos erros em atividades que exigem concentração, desorganizado, inconstante, desastrado, impaciente, não cumpre compromissos, perde prazos, se distrai facilmente, não fica parado, toma decisões precipitadas, dificuldade para manter relacionamentos e perde o interesse rapidamente. (Para o diagnóstico em adultos, o TDAH deve ter começado na infância e causado prejuízos ao longo da vida)

Quem pode diagnosticar TDAH

O diagnóstico de TDAH é fundamentalmente clínico, realizado por profissional que conheça profundamente o assunto, que necessariamente deve descartar outras doenças e transtornos, para então indicar o melhor tratamento]
 O termo hiperatividade tem sido popularizado e muitas crianças rotuladas erroneamente. É preciso cuidado ao se caracterizar uma criança como portadora de TDAH. Somente um médico (preferencialmente psiquiatra), juntamente com psicólogo ou terapeuta ocupacional especializados, podem confirmar a suspeita de outros profissionais de áreas afins, como fonoaudiólogos, educadores ou psicopedagogos, que devem encaminhar a criança para o devido diagnóstico. Existem testes e questionários que auxiliam o diagnóstico clínico.
 Hoje já se sabe que a área do cérebro envolvida nesse processo é a região orbital frontal (parte da frente do cérebro) responsável pela inibição do comportamento, pela atenção sustentada, pelo autocontrole e pelo planejamento para o futuro. Entretanto, é importante frisar que o cérebro deve ser visto como um órgão cujas partes apresentam grande interligação, fazendo com que outras áreas que possuam conexão com a região frontal possam não estar funcionando adequadamente, levando aos sintomas semelhantes aos de TDAH. Os neurotransmissores que parecem estar deficitários em quantidade ou funcionamento, em indivíduos com TDAH, são basicamente a dopamina e a noradrenalina, que precisam ser estimuladas através de medicações.
Algumas pessoas precisam tomar estimulantes como forma de amenizar os sintomas de déficit de atenção/hiperatividade, entretanto nem todas respondem positivamente ao tratamento. É importante que seja avaliada criteriosamente a utilização de medicamentos em função dos efeitos colaterais que os mesmos possuem. Em alguns casos, não apresentam nenhuma melhora significativa, não se justificando o uso dos mesmos. A duração da administração de um medicamento também é decorrente das respostas dadas ao uso e de cada caso em si.

Tratamento

Advertência: A Wikipédia não é consultório médico nem farmácia.
Se necessita de ajuda, consulte um profissional de saúde.
As informações aqui contidas não têm caráter de aconselhamento.


O tratamento baseia-se em medicação e acompanhamento especializado, com apoio psicológico, fonoaudiológico, terapeuta ocupacional ou psicopedagógico.
É importante que seja avaliada criteriosamente a utilização de medicamentos em função dos efeitos colaterais que os mesmos possuem. Mais de 80% dos portadores de TDAH beneficiam-se com o uso de medicamentos[7], como o cloridrato de metilfenidato (Ritalina ou Concerta em sua versão comercial), bupropiona, clonidina e antidepressivos tricíclicos como a imipramina. Recentemente no Brasil a lisdexanfetamina foi aprovada para tratamento do tdah na infância. A duração da administração de um medicamento dependerá das respostas ao tratamento e do curso do transtorno, ou seja, depende de cada caso em si. Cerca de 70% dos pacientes respondem adequadamente ao metilfenidato e o toleram bem. Como a meia-vida do metilfenidato é curta, geralmente utiliza-se o esquema de duas doses por dia, uma de manhã e outra ao meio dia. [13] A disponibilidade de preparados de ação prolongada tem possibilitado maior comodidade aos pacientes.
Para evitar que ele se distraia, é recomendado que a pessoa com TDAH tenha um ambiente silencioso e sem distrações para estudar/trabalhar. Na escola ele pode se concentrar melhor na aula sentando na primeira fileira e longe da janela. Aulas de apoio onde ele recebe atenção melhor focalizada podem ajudar a melhorar seu desempenho.[13] É importante que os pais e professores se focalizem em recompensar onde seu desempenho é bom, valorizando suas qualidades, mais do que punir seus erros. E nunca a punição deve ser violenta, pois isso torna a criança mais agressiva e leva ela a evitar e guardar rancor, medo, raiva da pessoa que a puniu (além de não ser eficaz em impedir um comportamento quando o agente punidor não estiver presente). Isso vale para qualquer pessoa de qualquer idade mesmo sem hiperatividade.
Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade e impulsividade nas interações, podem contribuir para o aparecimento de comportamento agressivo, impulsivo ou de uma oposição desafiante nas crianças em diversos contextos. Nesse e em outros casos em que a família tem importante papel nos transtornos infantis não basta medicar a criança, é necessário que OS PAIS façam psicoterapia junto com a criança/adolescente. O TDAH pode ser um importante problema no adulto. O tratamento do TDAH no adulto deve ser realizado após correto diagnóstico.

Comorbidades

Dos hiperativos que buscam tratamento especializado, mais de 70% possuem também algum outro transtorno, na maioria das vezes com transtorno de humor (como depressão maior ou transtorno bipolar), transtorno de aprendizagem, transtornos de ansiedade ou transtorno de conduta. Dependendo da comorbidade o tratamento medicamentoso muda e o acompanhamento psicológico se torna ainda mais necessário. [16]
A taxa de comorbidade com transtornos disruptivos do comportamento (transtorno de conduta e transtorno opositor desafiante)está situada entre 30% a 50%, com depressão está entre 15% a 20%, com transtornos de ansiedade em torno de 25% e com transtornos da aprendizagem entre 10% a 25%]

Resumo

Em resumo, pessoas com TDAH têm problemas para fixar sua atenção em coisas por mais tempo que outras. Elas lutam, às vezes com tenacidade, para manter sua atenção em atividades mais longas que as usuais, especialmente aquelas mais maçantes, repetitivas e tediosas. Tarefas escolares desinteressantes, atividades domésticas extensas e palestras longas são problemáticas, assim, como leituras extensas, trabalhos desinteressantes, prestar atenção a explicações sobre assuntos desinteressantes e finalizar projetos extensos.


Fonte de Pesquisa na íntegra:
http://pt.wikipedia.org/