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quarta-feira, 3 de julho de 2013

O DDA E TDAH




O DDA ocorre como resultado de uma disfunção neurológica no córtex pré-frontal. Quando pessoas que têm DDA tentam se concentrar, a atividade do córtex pré-frontal diminui, ao invés de aumentar (como nos sujeitos do grupo de controle de cérebros normais). Assim sendo, pessoas que sofrem de DDA mostram muitos dos sintomas discutidos nesse capítulo, como fraca supervisão interna, pequeno âmbito de atenção, distração, desorganização, hiperatividade (apesar de que só metade das pessoas com DDA sejam hiperativas), problemas de controle de impulso, dificuldade de aprender com erros passados, falta de previsão e adiamento.




A hiperatividade e déficit de atenção é um problema mais comumente visto em crianças e se baseia nos sintomas de desatenção (pessoa muito distraída) e hiperatividade (pessoa muito ativa, por vezes agitada, bem além do comum). Tais aspectos são normalmente encontrados em pessoas sem o problema, mas para haver o diagnóstico desse transtorno a falta de atenção e a hiperatividade devem interferir significativamente na vida e no desenvolvimento normais da criança ou do adulto.
Quem apresenta?
Estima-se que cerca de 3 a 6% das crianças na idade escolar (mais ou menos de 6 a 12 anos de idade) apresentem hiperatividade e/ou déficit de atenção. O diagnóstico antes dos quatro ou cinco anos raramente é feito, pois o comportamento das crianças nessa idade é muito variável, e a atenção não é tão exigida quanto de crianças maiores. Mesmo assim, algumas crianças desenvolvem o transtorno numa idade bem precoce. Aproximadamente 60% dos pacientes que apresentaram TDAH na infância permanecem com sintomas na idade adulta, embora que em menor grau de intensidade. Na infância, o transtorno é mais comum em meninos e predominam os sintomas de hiperatividade. Com o passar dos anos, os sintomas de hiperatividade tendem a diminuir, permanecendo mais freqüentemente a desatenção, e diminuindo a proporção homem x mulher, que passa a ser de um para um.
Como se desenvolve?
Geralmente o problema é mais notado quando a criança inicia atividades de aprendizado na escola, pelos professores das séries iniciais, quando o ajustamento à escola mostra-se comprometido. Durante o início da adolescência o quadro geralmente mantém-se o mesmo, com problemas predominantemente escolares, mas no final da adolescência e início da vida adulta o transtorno pode acompanhar-se de problemas de conduta (mau comportamento) e problemas de trabalho e de relacionamentos com outras pessoas. Porém, no final da adolescência e início da vida adulta ocorre melhora global dos sintomas, principalmente da hiperatividade, o que permite que muitos pacientes adultos não necessitem mais realizar tratamento medicamentoso para os sintomas.
O que causa?
Os estudos mais recentes apontam para a genética como principal causa relacionada ao transtorno. Aproximadamente 75% das chances de alguém desenvolver ou não o TDAH são herdadas dos pais. Além da genética, situações externas como o fumo durante a gestação também parecem estar relacionados com o transtorno. Fatores orgânicos como atrasado no amadurecimento de determinadas áreas cerebrais, e alterações em alguns de seus circuitos estão atualmente relacionados com o aparecimento dos sintomas. Supõe-se que todos esses fatores formem uma predisposição básica (orgânica) do indivíduo para desenvolver o problema, que pode vir a se manifestar quando a pessoa é submetida a um nível maior de exigência de concentração e desempenho. Além disso, a exposição a eventos psicológicos estressantes, como uma perturbação no equilíbrio familiar, ou outros fatores geradores de ansiedade, podem agir como desencadeadores ou mantenedores dos sintomas.
Como se manifesta?
Podemos ter três grupos de crianças (e também adultos) com este problema. Um primeiro grupo apresenta predomínio de desatenção, outro tem predomínio de hiperatividade/impulsividade e o terceiro apresenta ambos, desatenção e hiperatividade. É muito importante termos em mente que um "certo grau" de desatenção e hiperatividade ocorre normalmente nas pessoas, e nem por isso elas têm o transtorno. Para dizer que a pessoa tem realmente esse problema, a desatenção e/ou a hiperatividade têm que ocorrer de tal forma a interferir no relacionamento social do indivíduo, na sua vida escolar ou no seu trabalho. Além disso, os sintomas têm que ocorrer necessariamente na escola (ou no trabalho, no caso de adultos) e também em casa. Por exemplo , uma criança que "apronta todas" em casa, mas na escola se comporta bem, muito provavelmente não tem hiperatividade. O que pode estar havendo é uma falta de limites (na educação) em casa. Na escola, responde à colocação de limites, comportando-se adequadamente em sala de aula.
No adulto, para se ter esse diagnóstico, é preciso uma investigação que mostre que ele já apresentava os sintomas antes dos 7 anos de idade.
Quais são os sintomas da pessoa com desatenção?
Uma pessoa apresenta desatenção, a ponto de ser considerado como transtorno de déficit de atenção, quando tem a maioria dos seguintes sintomas ocorrendo a maior parte do tempo em suas atividades:
freqüentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras;
com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades recreativas;
com freqüência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais, não chegando ao final das tarefas;
freqüentemente tem dificuldade na organização de suas tarefas e atividades;
com freqüência evita, antipatiza ou reluta em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa);
freqüentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades;
é facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa principal que está executando;
com freqüência apresenta esquecimento em atividades diárias;
Quais são os sintomas da pessoa com hiperatividade?
Uma pessoa pode apresentar o transtorno de hiperatividade quando a maioria dos seguintes sintomas torna-se uma ocorrência constante em sua vida:
freqüentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira;
com freqüência abandona sua cadeira em sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentado;
freqüentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isso é inapropriado (em adolescentes e adultos, isso pode não ocorrer, mas a pessoa deixa nos outros uma sensação de constante inquietação);
com freqüência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer;
está freqüentemente "a mil" ou muitas vezes age como se estivesse "a todo vapor";
freqüentemente fala em demasia.
Além dos sintomas anteriores referentes ao excesso de atividade em pessoas com hiperatividade, podem ocorrer outros sintomas relacionados ao que se chama impulsividade, a qual estaria relacionada aos seguintes aspectos:
freqüentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas;
com freqüência tem dificuldade para aguardar sua vez;
freqüentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por exemplo, intrometendo-se em conversas ou brincadeiras de colegas).
Importância de tratamento médico para os portadores do transtorno.
São vários os motivos que mostram ser de grande importância médica fazer o diagnóstico e se tratar a criança (ou o adulto) com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
Primeiro, é importante se fazer o tratamento desse transtorno para que a criança não cresça estigmatizada como o "bagunceiro da turma" ou como ou "vagabundo", ou como o "terror dos professores".
Segundo, para que a criança não fique durante anos com o desenvolvimento prejudicado na escola e na sua vida social, atrasado em relação aos outros colegas numa sociedade cada vez mais competitiva.
Terceiro, é importante fazer um tratamento do transtorno para se tentar minimizar conseqüências futuras do problema, como a propensão ao uso de drogas (o que é relativamente freqüente em adolescentes e adultos com o problema), transtorno do humor (depressão, principalmente) e transtorno de conduta.
Como se diagnostica?
O diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde capacitado, geralmente neurologista, pediatra ou psiquiatra. O diagnóstico pode ser auxiliado por alguns testes psicológicos ou neuropsicológicos, principalmente em casos duvidosos, como em adultos, mas mesmo em crianças, para o acompanhamento adequado do tratamento.
Como se trata?
O tratamento envolve o uso de medicação, geralmente algum psico-estimulante específico para o sistema nervoso central, uso de alguns antidepressivos ou outras medicações. Deve haver um acompanhamento do progresso da terapia, através da família e da escola. Além do tratamento medicamentoso, uma psicoterapia deve ser mantida, na maioria dos casos, pela necessidade de atenção à criança (ou adulto) devido à mudança de comportamento que deve ocorrer com a melhora dos sintomas, por causa do aconselhamento que se deve fazer aos pais e para tratamento de qualquer problema específico do desenvolvimento que possa estar associado.
Um aspecto fundamental desse tratamento é o acompanhamento da criança, de sua família e de seus professores, pois é preciso auxílio para que a criança possa reestruturar seu ambiente, reduzindo sua ansiedade. Uma exigência quase universal consiste em ajudar os pais a reconhecerem que a permissividade não é útil para a criança, mas que utilizando um modelo claro e previsível de recompensas e punições, baseado em terapias comportamentais, o desenvolvimento da criança pode ser melhor acompanhado.




Fontes:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?420
www.metas.com.br/dda/disturbio-de-deficit-de-atencao-dda





domingo, 30 de junho de 2013

TDAH - Um transtorno para todos








"O histórico familiar para o desenvolvimento desse problema é bastante significativo", destaca a psicóloga Cacilda Amorim, diretora do Instituto Paulista de Déficit de Atenção (IPDA). "Há uma linha de hereditariedade bem estudada e documentada. Paralelamente, estilos de vida familiares funcionam como fatores de proteção ou agravamento. Estas circunstâncias ambientais (externas) interferem diretamente na probabilidade e intensidade da manifestação do transtorno. Sabe-se que a convivência numa família desorganizada, com poucos hábitos e sem rotina, tende a piorar a intensidade de um quadro do TDAH já existente. Já em famílias com hábitos e rotinas mais estruturados, a expressão dos sintomas é frequentemente menos significativa. Tanto que, quando se tem um caso dessa natureza, parte das ações para revertê-lo, minimizá-lo e tratá-lo envolvem um ajuste e suporte por parte da escola e dos pais, uma melhor estruturação, como rotinas, limites e regras, dentro daquilo que naturalmente é razoável para cada família".

Coisas de criança

Conforme dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 2 a 5% das pessoas em todo o mundo sofrem de TDAH, um número relativamente alto se comparado a outros transtornos. Por volta dos seis ou sete anos, as maiores exigências do início da vida escolar acabam tornando os prejuízos e dificuldades mais visíveis. "No geral, as crianças têm capacidade de atenção menor que os adultos", afirma Cacilda. "Têm também uma tendência maior a serem mais agitadas, mais impulsivas, agem sem pensar. Isso é próprio do desenvolvimento. No entanto, quando a discrepância em relação aos outros de idade similar é muito grande, pode ser indicativo de um transtorno. Isso se percebe em casa, nas famílias que têm outras crianças e na escola. Torna-se mais visível à medida que trazem complicações, como desempenho menor nos estudos ou muita agitação em casa".

Segundo a psicóloga, é possível encontrar o problema também em adultos. De acordo com as estatísticas, em torno de 50% daqueles que apresentaram essas dificuldades na infância têm as mesmas características na idade adulta. "O TDAH, entretanto, nunca começa na idade adulta. Se aparecer mais tarde, sem qualquer comprometimento na infância, não atende aos critérios para o diagnóstico desse transtorno".

Diagnóstico difícil

"Não é fácil diagnosticar o TDAH, pois não há exames médicos disponíveis, além de envolver um julgamento clínico e subjetivo, baseado na experiência do profissional", constata Cacilda. "Características como distração, esquecimento, agitação e impulsividade são como febre: podem ter origem numa gripe ou numa doença mais séria. O mesmo sintoma pode ter origens diversas e, dentro desse ponto de vista, discriminar entre tantos aspectos envolve um trabalho complexo. Conforme o transtorno está sendo mais conhecido e mais divulgado, pessoas com esse sofrimento têm encontrado melhores possibilidades de tratamento e de aceitação. Ao mesmo tempo, aumentaram os riscos de diagnósticos exacerbados e autodiagnósticos, que têm sido muito comentados e criticados".

A psicóloga enfatiza que não se fala em cura, mas em controlar os sintomas. "Dependendo da intensidade do caso, o tratamento pode incluir o uso de medicação para o substrato orgânico. Há um debate muito intenso sobre a aplicação de remédios psiquiátricos, com posicionamentos radicais tanto a favor como contra. Há também a possibilidade de tratamento do TDAH sem medicação, através de um processo de aprendizagem envolvendo o condicionamento de padrões cerebrais. É uma estratégia interessante, baseada numa interface de cérebro-máquina e denominada neurofeedback, que oferece a possibilidade de ensinar o cérebro a funcionar de maneira diferente, mais eficiente e mais próxima daquilo que é o esperado".

Revista Platero - Abril / 2011

http://www.dda-deficitdeatencao.com.br/artigos/tdah-tem-cura.html

O TDAH não é considerado uma doenç




O TDAH não é considerado uma doença, assim não se pode falar em cura.
 Uma doença é um estado do corpo, causado por uma situação ou agente específico, que pode ser eliminado para que se retorne ao estado inicial. O TDAH é uma síndrome - um conjunto de sintomas, com causas múltiplas, incluindo fatores neurobiológicos, pessoais e ambientais.

TDAH tem cura? Não, mas pode e deve ser controlado

Quando se usa medicação, seu efeito é provisório - permanece pelo tempo que a substância estiver no organismo. No caso da Ritalina 10mg, dura em torno de 4 horas. Prescrições de longa duração podem durar entre 6 e 8 horas. Quando o efeito do remédio acaba, todos os sintomas retornam.

Se a escolha pelo tratamento é baseada exclusivamente em drogas psicoestimulantes (o caso da Ritalina), não há perspectivas em abandonar a droga. Ou seja, um tratamento com remédio - ritalina ou outro - é um tratamento para o resto da vida. Esta é a principal razão pela qual muitas pessoas são contra a alternativa medicamentosa - há o desejo de libertar-se, a si ou a seus filhos, de um tratamento com droga psicotrópica sem prazo para terminar.

A medicação normalmente traz um efeito de curto prazo e bastante eficaz. Entretanto, ela não ensina nada à pessoa – quando seu efeito acaba, tudo volta ao estado inicial. Outras alternativas, como o Neurofeedback, a Psicoterapia Comportamental-Cognitiva e o Coaching Comportamental levam a ganhos permanentes, pois envolvem processos de aprendizagem e, desta forma, preparam a pessoa para lidar melhor com as limitações do TDAH ou até mesmo a superá-las.

É preciso ressaltar que o fato da medicação produzir efeitos limitados não significa que ela não deva ser usada como parte de um plano de tratamento, quando corretamente indicada. Significa, antes, que qualquer modalidade de tratamento deve levar em conta tanto o alívio dos sintomas quanto a necessidade de desenvolver novas competências, habilidades e padrões de comportamento.

Para melhores resultados, os tratamentos devem levar em conta as deficiências e necessidades específicas do caso, aliando formas de educação, treinamentos e terapias, além de medicação. Considerar apenas o fator orgânico - cerebral - normalmente leva à frustração e à desistência do tratamento.


http://www.dda-deficitdeatencao.com.br/artigos/tdah-tem-cura.html